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Petrópolis registra 6 alertas de desmatamento na Mata Atlântica, entre 2019 e 2024

Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro foi acionado 1.285 vezes para ocorrência de fogo em vegetação em Petrópolis

Foto: Arquivo
Foto: Arquivo

Mariana Machado estagiária

Foi divulgado, nessa terça-feira (24), os dados da primeira edição do Relatório Anual do Fogo (RAF) e da Coleção 4 de mapas de cicatrizes de fogo do Brasil. De acordo com o estudo, quase um quarto (24%)  do território nacional queimou pelo menos uma vez entre 1985 e 2024. Nas últimas quatro décadas, 206 milhões de hectares foram afetados pelo fogo com diferentes intensidades, em cada um dos seis biomas do país.

Ao lado da Amazônia, que bateu recorde de incêndios florestais em 2024, e da Mata Atlântica, que teve a maior área afetada por fogo nas últimas quatro décadas, o Pantanal é destaque ao ter 62% de seu território queimado pelo menos uma vez no período mapeado.

Em Petrópolis, foram acionados 6 alertas de desmatamento na Mata Atlântica, totalizando 15,3 hectares afetados de 2019 a 2024. O ano que mais registrou desmatamento no município foi 2022, quando 7,89 hectares foram desmatados. A maior área desmatada foi de 6,6 hectares, também em 2022.

No estado, foram 384 alertas, correspondendo a 1.638,4 hectares desmatados. 2022 também foi o ano que mais registrou áreas afetadas, com 502,05 hectares. A maior área desmatada foi de 85,5 hectares em Belford Roxo, em 2019.

No período de 2019 a 2024, Petrópolis corresponde ao 29º município no ranking dos maiores desmatadores em biomas do estado. Em 2019, entretanto, o município era o 8º da lista, mas saiu do top 10 no ano seguinte.

Os biomas com maior proporção de vegetação nativa afetada pelo fogo entre 1985 e 2024 foram Caatinga, Cerrado, Pampa e Pantanal, todos com mais de 80% da extensão afetada. Na Amazônia e Mata Atlântica, o fogo ocorreu principalmente em áreas antrópicas (mais de 55%). No caso de Amazônia, pastagens respondem por 53,2% da área queimada no período; na Mata Atlântica, 28,9% da extensão queimada eram de pastagem e 11,4% de agricultura.

Outro índice que tem registrado altos números de ocorrência em Petrópolis são os incêndios em vegetação, uma vez que, desde 2020, 1.285 acionamentos para fogo em vegetação foram recebidos pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. O ano que mais registrou ocorrências foi 2024, com 376 chamados. Destes, 237 ocorreram durante o período de estiagem, que corresponde aos meses de junho a setembro, de acordo com o Plano de Contingência - inverno 2025, feito pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil.

O aumento se deve ao fato de que a situação de estiagem leva à diminuição da umidade do solo, redução dos níveis de rios e reservatórios, e afeta diretamente o abastecimento de água, a agricultura e a biodiversidade local.

Em 2025, foram registrados, até junho, 48 registros de acionamentos para fogo em vegetação.

Questionada sobre as medidas de prevenção tomadas, principalmente com o início do período de estiagem, a Prefeitura informa que foi iniciada a capacitação dos integrantes dos núcleos comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs). O objetivo é que atuem na prevenção e identificação de incêndios, atuando como um elo entre a Defesa Civil e as comunidades.

A primeira capacitação aconteceu na sede da Defesa Civil na terça-feira (17/06) com representantes dos Nudecs do Caxambu, Morin, Floresta e Neylor. Outras capacitações serão realizadas nos próximos dias para os Nudecs das outras regiões da cidade.

“A capacitação vai sensibilizar a comunidade local sobre os riscos e consequências dos incêndios florestais; apresentar fundamentos teóricos e práticos de prevenção e primeira resposta; capacitar agentes voluntários para o uso de tecnologias na identificação e comunicação de eventos de fogo em vegetação e integrar os voluntários à estratégia de prevenção comunitária”, ressalta a prefeitura.

Como evitar os incêndios florestais

O Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro informa que, no período de estiagem, aumenta muito a incidência de incêndios florestais no Estado. O tempo seco e sem chuvas favorece a propagação do fogo e coloca o meio ambiente e a vida selvagem, e até humana, em risco.

Entre as principais causas das queimadas em vegetação, sobressai a renovação do pasto, prática comum na agricultura. “A queima de lixo também é extremamente perigosa e ilegal. Além de poluir o meio ambiente, pode facilmente se transformar em um incêndio florestal devastador. A soltura de balões, outra prática ilegal, representa um grande perigo. Pode iniciar incêndios e causar danos irreversíveis. Uma guimba de cigarro acesa e descartada em locais impróprios e que apresentam risco de combustão também pode causar grandes estragos”, acrescentam. Em caso de incêndio, ligue 193!

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