Vacinação, que contribui para a redução, apresenta baixa procura no Município
Larissa Martins especial para o Diário
O Painel de Arboviroses da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (SES-RJ) mostra que Petrópolis apresentou queda de 93% na incidência de dengue em junho. Durante o mês passado foram confirmados apenas 34 casos da doença, enquanto em maio houve o registro de 551 vítimas. Com os números disponibilizados sobre o sexto mês do ano, é possível perceber que 17 vítimas são mulheres, sendo seis gestantes, e 16 são homens. Uma ocorrência ainda está sob investigação.
Março foi o mês que a dengue atingiu o ápice no município, com 3.426 confirmações. Os casos graves levaram 14 pessoas a óbito e cinco mortes ainda estão sendo analisadas. Em 99,17% das vezes, a classificação final foi de cura. Até o momento, a cidade possui 8,1 mil de casos prováveis da doença, sendo a incidência de 3 mil a cada 100 mil habitantes.
Vacinação
Petrópolis foi contemplada apenas no 5º lote de vacinas contra a dengue recebendo 3,8 mil doses do imunizante. Os adolescentes de 10 a 14 anos de idade são prioridade. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alertou para a baixa adesão. Até a manhã de quinta-feira (04), apenas 295 doses do imunizante foram aplicadas. Por isso, é fundamental que os responsáveis levem seus filhos até uma das três salas de vacinação disponibilizadas no Centro de Saúde Coletiva e nas UBSs de Itaipava e Pedro do Rio.
Gravidade
Edimilson Migowski, Médico e Professor de Doenças Infecciosas da UFRJ, destaca a gravidade da doença.
A dengue é uma doença infecciosa com uma ampla gama de sinais e sintomas. Ela costuma causar febre, mal-estar, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, diarréia, vômitos, dor abdominal, sangramento e queda da depressão arterial. Algumas pessoas dizem que ela se parece com uma gripe, mas sem muitos sintomas respiratórios. O vírus pode se replicar muito rápido provocando, por exemplo, a dengue hemorrágica, o choque e a hepatite. Em casos graves, o tratamento é feito com a hidratação do paciente. Se ele sofrer queda expressiva das plaquetas a ponto de causar sangramento, a reposição do componente sanguíneo deve ser feita e também a transfusão, frisa o especialista.
Importância
O pediatra Roberto Audyr, diretor médico do Centro de Saúde Coletiva e diretor técnico da Clínica de Imunização Vaccin, enfatiza a importância da vacinação para combater a doença.
"A vacina Qdenga, disponibilizada pelo Ministério da Saúde para a faixa etária de 10 a 14 anos, é segura e eficaz. A vacina Qdenga é segura, com vírus vivo atenuado, e protege contra os quatro sorotipos da dengue. Ela apresenta uma eficácia superior a 80% contra as formas graves da doença, com mínimos efeitos adversos. A aplicação ocorre em duas doses, com intervalo de três meses, seguindo rigorosamente as orientações do Ministério da Saúde", afirmou.
É importante reforçar que quando as doses acabarem, não há previsão de quando serão novamente disponibilizadas nos postos de saúde. A afirmação é do Ministério da Saúde que alega ter adquirido todo o estoque disponível do fabricante da vacina contra a dengue. Foram 5,2 milhões de doses compradas e 1,3 milhão doadas pelo laboratório, totalizando 6,5 milhões de doses, que serão entregues entre fevereiro e novembro de 2024 em todo o país, afirma a nova enviada ao Diário.
Horário de funcionamento
As crianças dentro da faixa etário público alvo podem ser levadas nos dias e horários abaixo:
Centro de Saúde Coletiva
8h às 16h30 - terça, quinta e sexta
8h às 19h30 - segunda e quarta
UBS Itaipava
8h30 às 16h30 - segunda, quarta e sexta
8h30 às 19h terça e quinta
UBS Pedro do Rio
8h às 16h - segunda a sexta
Veja também: