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Petrópolis tem a 2ª maior taxa de motorização da Região Metropolitana

Foto: Alcir Aglio
Foto: Alcir Aglio

Vinicius Henter - especial para o Diário

Petrópolis é o segundo município, dos 22 da Região Metropolitana do Rio, com a maior taxa de motorização. Ou seja, o segundo com a maior quantidade de veículos por habitante. Só fica atrás de Rio Bonito.

Considerando os dados do IBGE, Petrópolis tem 684 veículos para cada mil habitantes. Rio Bonito (o líder da região) tem 973. Em terceiro, está Niterói, com 616 veículos para cada mil habitantes. Os outros 19 municípios possuem menos que 600 veículos para cada mil habitantes.

A capital do estado fica em sétimo nesse ranking, com 518 veículos para cada mil habitantes. Já os municípios de Queimados (341), Belford Roxo (294) e Japeri (250) possuem uma taxa de motorização menor que a metade da de Petrópolis.

Para o pesquisador em mobilidade urbana da USP Daniel Santini, os números são preocupantes para Petrópolis.

“O fato de Petrópolis ter uma taxa de motorização por habitante tão alta deveria preocupar as autoridades e a sociedade civil. As cidades que concentram mais automóveis por habitante costumam apresentar índices altos de congestionamentos, poluição e ocorrências de trânsito. Não custa lembrar que o número excessivo de veículos circulando na cidade tem afetado até mesmo quem está em ônibus, com linhas sofrendo atrasos de maneira recorrente, como reportado recentemente no Diário de Petrópolis”, disse Santini, citando uma matéria publicada em fevereiro pelo Diário de Petrópolis.

O pesquisador ressalta que a alta concentração de carros costuma gerar pressão por soluções rápidas (como pontes e vias alternativas). No entanto, esse tipo de política cria mais espaço na via pública para os carros. Com isso, acaba por incentivar ainda mais o uso do carro, agravando o problema.

“Assim, nos próximos anos a cidade deveria priorizar investimentos em favor do transporte coletivo e da mobilidade ativa, criando faixas exclusivas de ônibus, garantindo espaços confortáveis e seguros para pedestres e ciclistas, e reduzindo gradualmente o espaço para automóveis. Esse é o caminho para melhorar o trânsito e lidar com essa concentração alta de veículos por habitante, que é preocupante”, disse Santini.

Detran-RJ também manifesta preocupação

O IBGE considera os dados do Censo 2022 (para a população) e da Secretaria Nacional de Trânsito (para o número de veículos). O Detran-RJ, por exemplo, possui números de veículos por município um pouco diferentes, mas que não alteram esse ranking das taxas de motorização na Região Metropolitana.

Um boletim do Detran-RJ publicado em janeiro (“Perfil da Frota do Estado Rio de Janeiro”) também aponta a preocupação da entidade com o aumento da taxa de motorização em todo o estado. Em especial, o aumento expressivo do uso de motos. O boletim aponta para a necessidade de se repensar a mobilidade urbana no estado do Rio.

Região Metropolitana

Petrópolis faz parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro desde 2018. A lei complementar estadual 184/2018 definiu que a região é composta por 22 municípios: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Queimados, Rio Bonito, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá.

Tabela

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