Relatório da Casa Fluminense aponta também que 10 mil residências estão localizadas em áreas com alto risco de inundações
Larissa Martins especial para o Diário
Um relatório feito pela Casa Fluminense organização da sociedade civil que promove há 10 anos coletivamente políticas e ações públicas para a região metropolitana do Rio de Janeiro trouxe um panorama sobre a crise climática na metrópole, baseado no Censo Demográfico 2022. Segundo o levantamento, Petrópolis tem 16.977 casas em áreas de alto risco a deslizamentos. O município foi destaque dentre outros 22 pesquisados por apresentar um percentual consideravelmente maior, de 12,3%.
Inundações
Outra realidade que atinge a cidade são as inundações. De todas as residências recenseadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10.075 delas estão localizadas em áreas com alto risco de inundações, no município. Contabilizando todas as 22 cidades pesquisadas, cerca de 20% delas estão na mesma situação, o equivalente a pouco mais de 1,1 milhão.
Por ter maior extensão territorial e população, o Rio de Janeiro é onde está localizada grande parte dessas casas, cerca de 40%. Seguido de Duque de Caxias, com 15%; São Gonçalo, com 8%; e Magé, com 7%. Ou seja, um a cada cinco domicílios particulares existentes na metrópole estão em áreas com alto risco de inundações, enquanto que um a cada 100 estão em áreas com alto risco de deslizamentos de terra.
Infraestrutura
Já sobre a infraestrutura pública afetada no estado, como instalações públicas de saúde, educação, de uso comunitário e prestadoras de outros serviços, 737 foram danificadas e seis destruídas, um total de R$ 472 milhões. Na RMRJ houve 296 casos de infraestruturas públicas danificadas e uma destruída, um valor estimado em R$ 140 milhões.
Sobre a Casa Fluminense
A Casa Fluminense produz narrativas e dados que retratam a desigualdade social vivida na metrópole, com atenção especial para questões de raça e gênero. Dentro desse contexto mais amplo da Justiça Climática, também aborda o conceito do racismo ambiental, que fala sobre a exposição desigual de algumas populações aos impactos e riscos socioambientais tendo como justificativa a localização geográfica, as características sociopolíticas, econômicas e ambientais de determinadas regiões.
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