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Petrópolis tem mais uma morte confirmada por dengue

Vítima é uma idosa de 93 anos, que veio a óbito no dia 23 de fevereiro

Foto: Pixabay
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Rômulo Barroso - especial para o Diário

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nessa sexta-feira (15/03) o segundo óbito por dengue registrado no município. A vítima é uma mulher de 93 anos, que morreu no dia 23 de fevereiro. A causa da morte foi confirmada por meio de exames realizados no Laboratório Central Noel Nutels (LACEN-RJ). A Secretaria de Saúde não deu mais detalhes sobre internação e unidade onde a vítima foi atendida. Em nota divulgada à imprensa, a Prefeitura afirmou que "se solidariza com a família pela perda".

Com esse óbito, o estado tem pelo menos 43 mortes. A cidade de Volta Redonda apresenta o maior número de vítimas (seis), seguido por Rio de Janeiro e Resende (quatro cada). Macaé, Maricá e Rio das Ostras têm três óbitos cada; Angra dos Reis, Araruama, Duque de Caxias e Itatiaia, dois cada; e Barra do Piraí, Belford Roxo, Cabo Frio, Cachoeira de Macacu, Itaguaí, Italva, Magé, Mangaratiba, Paraty e Três Rios, um cada.
O Painel Arboviroses Estado RJ, mantido pela SES-RJ, ainda não contabiliza esse segundo óbito em Petrópolis, apenas o primeiro - a vítima foi um homem de 40 anos, que morreu no dia 24 de fevereiro (um dia depois da vítima divulgada agora pelo município). Ainda de acordo com o Painel, há 66 óbitos em investigação, nenhum deles ocorrido em Petrópolis.

Estado de emergência

Pelo Painel, Petrópolis aparece com 1.194 casos prováveis até esta sexta (no estado, são 133.014 casos prováveis). A quantidade de casos que entraram nos sistemas com atraso elevou a quantidade de registros em fevereiro para 868. As semanas durante e após o carnaval apresentam pico de casos até aqui: 263 entre os dias 11 e 17, e 258 entre 18 e 24 do mês passado.

O número total de casos é 16º maior do estado e representa uma incidência de 428,14 casos por 100 mil habitantes. Dos casos prováveis, 614 são de mulheres e 579 em homens. Já são 41 pessoas que precisaram ficar internadas para o tratamento de dengue. O vírus do tipo 1 predomina em Petrópolis - das amostras coletadas para exames, 123 (ou 69,9%) apresentaram esse tipo, enquanto 53 (30,1%) eram do vírus 2.

Vale lembrar que o aumento de casos (em dois meses e meio, já são sete vezes mais do que todo ano passado) levou a prefeitura a decretar estado de emergência em saúde pública. Na última quinta-feira (14), a prefeitura realizou uma reunião do Comitê Intersetorial de Enfrentamento às Arboviroses. O objetivo foi debater o andamento das ações de vistoria em imóveis fechados onde há suspeita de focos do mosquito Aedes aegypti. A própria prefeita relatou que Agentes de Combate às Endemias, mesmo com autorização emitida dentro do decreto de estado de emergência, vem encontrando resistência para entrar em imóveis.

A partir dessa reunião, ficou determinado a criação de um Grupo de Trabalho envolvendo o Departamento de Vigilância em Saúde (DEVISA), Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA), Coordenadoria de Vigilância Ambiental (COVIAMB), Comdep e secretarias de Serviços, Segurança e Ordem Pública (SSOP), de Saúde, de Defesa Civil, de Assistência Social e de Meio Ambiente.

"O prefeito está acompanhando todas as questões e ações de combate a dengue em nosso município e cobrando o empenho de todos. Mas é preciso ressaltar a importância da participação de toda a sociedade, adotando a prática dos 10 minutos semanais para eliminar os criadouros. Só assim poderemos ficar livre dessa doença", disse Curvelo.

Agentes de combate a endemias encontram dificuldade no acesso aos imóveis em Petrópolis

A batalha contra as doenças transmitidas por vetores como dengue, zika e chikungunya é uma missão crucial em Petrópolis. No entanto, o município tem enfrentado um obstáculo significativo: muitos moradores estão impedindo a entrada dos agentes de combate a endemias em seus terrenos para análise e controle dessas doenças.

O acesso dos agentes de combate a endemias aos imóveis está previsto no Decreto 815 de 23 de fevereiro de 2024. Este decreto institui o Estado de Emergência de Saúde Pública em razão da epidemia de Arbovirose por Dengue em Petrópolis e regulamenta os procedimentos relacionados a visitas em imóveis para identificação de possíveis focos de mosquitos transmissores de doenças.

O decreto estabelece que os agentes têm o poder de entrar em imóveis prediais ou territoriais fechados, abandonados ou desabitados para inspeção e, em caso de negativa de acesso pelos moradores habitantes, medidas legais podem ser tomadas, incluindo ação judicial e aplicação de multas.

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