Houve redução de 10,88% em comparação a 2021, aponta SAGICAD
Larissa Martins especial para o Diário
Dados da Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (SAGICAD), do Governo Federal, Petrópolis abrigava 326 pessoas vivendo em situação de rua. Os números foram retirados das inscrições feitas no Cadastro Único ao longo de 2023. Em 2021, a quantidade de cidadãos que não tinham uma moradia digna era 10,88% maior do que no ano passado. Na época, 377 delas faziam parte do índice.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), que também disponibiliza os números, mas de forma detalhada, aponta que até a metade do ano passado já eram 290 moradores neste cenário. Eles revelam que 91,38% eram homens e 8,62% mulheres. Destes, 168 nasceram em Petrópolis, 120 em outros municípios e duas em países estrangeiros. Para 48 pessoas, o caso se estende há mais de dez anos. Ainda de acordo com o levantamento, outras 72 ficaram nas ruas durante seis meses, 54 entre seis meses e um ano, 44 entre um e dois anos, 42 entre dois e cinco anos e 30 estavam entre cinco a dez anos sem um lar. A faixa etária mais afetada era de 40 e 49 anos.
Motivações
Os problemas familiares estão entre os principais motivos que as levaram a viver nas ruas (147); seguido por alcoolismo e drogas (114); desemprego (90); perda de moradia (53); razões não informadas (49), ameaças (11), tratamento de saúde (7), não sabe o motivo/ não lembra (4), por preferência (4) e trabalho (3).
Cenário nacional
Entre 2018 e julho de 2023, havia 221.113 pessoas sem casa no país. Nos municípios brasileiros também quase dobrou, passando de 1.215 (22% dos municípios do país), em 2015, para 2.354, em 2023 (42% dos municípios). Os dados são do Plano de Ação e Monitoramento para Efetivação da Política Nacional para a População em Situação de Rua, do Governo Federal.
Estratégias de combate
Na tentativa de combater a falta de moradia digna, a Secretaria de Assistência Social promove ações junto às pessoas em situação de rua. A cidade conta com duas unidades para o atendimento deste público: o Centro POP e o NIS (Núcleo de Integração Social, no Alto da Serra).
Na abordagem, as equipes buscam convencer essas pessoas a ir para as unidades de acolhimento do município, mesmo elas não sendo obrigadas. As que aceitam o convite passam pelo atendimento técnico (de assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais) e têm cama, cobertores, alimentação e banho. Além disso, uma série de atividades para reinserir essas pessoas no mercado de trabalho.
Veja também: