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Petrópolis vê queda nos registros de violações de direitos humanos no primeiro semestre de 2025

Números do Disque 100 mostram queda em 8,8% de violações de direitos humanos em Petrópolis; Cenário estadual e nacional também é de redução

Foto: Pixabay
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Emanuelle Loli - estagiária

No primeiro semestre de 2025 foram registrados 4.052 violações de direitos em Petrópolis. Os dados são do Disque 100, canal da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH). O número representa uma queda de aproximadamente 8,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 4.447 violações. O cenário nacional e estadual também é de redução dos registros.

Em Petrópolis, crianças e adolescentes formam o grupo mais vulnerável. Eles sofreram 1.346 violações ao longo desses seis meses. Em seguida aparecem os idosos, vítimas de 1.107 violações. Depois, pessoas com deficiência (725) e mulheres (450).  Os dados da ONDH ainda mostram casos contra cidadão, família ou comunidade (357), população LGBTQIA+ (44), pessoas em situação de rua (16) e pessoas em restrição de liberdade (sete).

De modo geral, o número de violações de direitos humanos registradas em Petrópolis caiu em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, algumas categorias apresentaram aumento significativo.

Entre elas, destacam-se:

  • Violações contra pessoas LGBTQIA+: passaram de 16 registros em 2024 para 44 em 2025, um crescimento de 175%;
  • Violências contra pessoas com deficiência: subiram de 492 para 725 denúncias, um aumento de aproximadamente 47%.
  • Violações contra cidadão, família e comunidade: cresceram de 262 para 357 casos, representando uma alta de cerca de 36%.
  • Violências contra crianças e adolescentes: foram de 1.163 registros em 2024 para 1.346 em 2025, um aumento de aproximadamente 15%.

Outros detalhes

Com mais da metade dos casos ocorrendo contra os mais novos e os mais velhos, respectivamente, não surpreende que os cenários onde é mais frequente a violação de direitos humanos sejam a casa onde reside a vítima e o suspeito (1.489 violações) ou a casa da vítima (765).

Outra questão diretamente relacionada é o denunciante: 1.346 casos foram relatados por terceiros e 762 pela própria vítima.

Mais de 90% dos casos são de violações contra a integridade das vítimas: 1.623 contra integridade psíquica, 1.501 contra integridade física, 579 casos de negligência e 105 contra integridade patrimonial (ao todo são 3.808).

A maior parte dos casos denunciados em Petrópolis acontece há um período superior a um ano (1.363), há um mês (746) ou há mais de seis meses (650). Em 3.083 casos, as violações ocorriam diariamente.

Rio de Janeiro e Brasil

Assim como em Petrópolis, o cenário também é de redução nos registros das violações de direitos humanos no Rio de Janeiro e no Brasil.

Nos primeiros seis meses de 2025, ocorreram mais de 198 mil violações dos direitos humanos no Rio de Janeiro. Uma redução de aproximadamente 32,4% comparado com o ano anterior, quando foram registradas mais de 293 mil denúncias.

Em todo o Brasil os números também apresentaram queda. Nesse semestre foram registrados 1,69 milhão de violações, enquanto no mesmo período do ano anterior foram registrados cerca de 2,18 milhões.

No cenário nacional, crianças e adolescentes também formam o grupo mais vulnerável. Eles sofreram mais de 880 mil violações ao longo desses seis meses. Em seguida aparecem os idosos, vítimas de 499 mil violações. Depois, pessoas com deficiência (348 mil) e  cidadão, família ou comunidade (213 mil).

Como denunciar

A ONDH possui diversos canais para o registro de denúncias de violações de direitos humanos que podem ser feitas de forma identificada ou anônima. Cada denúncia recebe um número de protocolo para acompanhamento dos andamentos.

O atendimento funciona 24h, sete dias por semana, por meio de ligação discando 100 em qualquer aparelho telefônico. Pela internet, as denúncias podem ser feitas no site da Ouvidoria, pelo WhatsApp (61) 99611-0100) ou Telegram. O serviço também dispõe de atendimento na Língua Brasileira de Sinais (Libras), no site da Ouvidoria.

Sobre a ONDH

A Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) atua como canal de comunicação da sociedade com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), e tem como missão manter ferramentas acessíveis e permanentes entre a sociedade e os gestores públicos responsáveis pelas áreas.

A finalidade é assegurar à população a oportunidade de registrar suas reclamações e denúncias de violações de direitos humanos, de modo a contribuir para o cumprimento do dever do Estado, de dar as garantias individuais ao cidadão e cidadã, para que possam ter o pleno exercício de sua cidadania.

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