Policiais civis da 15ª DP (Gávea) desarticularam, nesta quinta-feira (12/02), uma quadrilha especializada em golpes de falso exame médico. A investigação aponta que a associação criminosa tenha gerado um prejuízo de R$ 1,5 milhão com o esquema, durante os meses de janeiro e fevereiro deste ano. Dois criminosos foram presos em um hotel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
De acordo com os agentes, a investigação começou quando quatro vítimas foram à delegacia relatar o mesmo tipo de golpe. Elas informaram que, alguns dias após a realização de exames em um hospital, receberam contato de uma central de atendimento informando que os laudos estavam disponíveis, oferecendo o serviço de entrega. Pelo telefone, os golpistas repassavam todas as informações sobre o exame realizado.
Sem desconfiar da ação da quadrilha, a vítima consentiu em receber o laudo em sua residência. No momento da abordagem presencial, o falso entregador informava ser necessário o pagamento de uma taxa de R$ 6, mas, ao passar o cartão na maquininha, ele alegava que o equipamento estava apresentando erro. Desta forma, a vítima acreditava não ter desembolsado nenhum valor, o que impedia a entrega.
Quando os alvos dos golpistas acessaram o extrato do cartão, constataram débitos não autorizados em suas contas bancárias. As quatro vítimas que registraram a ocorrência 15ª DP relataram prejuízos superiores a R$ 20 mil.
Após um intenso trabalho de investigação, captação de imagens, cruzamento de dados de inteligência e quebra de dados telemáticos, os agentes conseguiram localizar os criminosos em um hotel, na Barra. No quarto deles, os policiais encontraram máquinas de cartão, notebooks, celulares, além dos capacetes e vestimentas usadas para se passar por motoboy. Duas motocicletas também foram apreendidas na ação.
Durante a investigação os policiais localizaram 44 ocorrências de golpes envolvendo a entrega de exames do mesmo hospital. Os autores confessaram que adquiriram os dados de exames das vítimas em sites da deep web.
As investigações continuarão, com o objetivo de identificar outros integrantes da associação criminosa, bem como a participação de funcionários do hospital. Um terceiro integrante da quadrilha está foragido da Justiça.
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