Preço do tomate, banana e café foram os que mais subiram
Emanuelle Loli - estagiária
Uma pesquisa de preços realizada na última sexta-feira (21) revelou que o valor da cesta básica teve um aumento de mais de 4% de janeiro para fevereiro em Petrópolis. A pesquisa realizada pelo Diário, que utiliza como base a metodologia do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), aponta que neste mês, o preço médio da cesta básica soma R$729,36. No mês de janeiro, o valor era de R$697,73.
O levantamento foi feito nos sites das redes Extra, Empório Multimix e Dib, e apontou que os consumidores podem encontrar as mesmas mercadorias com valores consideravelmente parecidos.
Para se calcular o valor da cesta básica de acordo com o método citado, primeiro temos que fazer a média do valor do mesmo produto em 3 supermercados distintos. Após isso, é feito uma multiplicação de acordo com a quantidade ingerida por mês.
A média dos produtos feitas nos dois meses mostrou que dos 14 itens da cesta básica, 10 produtos apresentaram alta nos valores, sendo eles tomate (25,19%), banana prata (23,08%), café (12,59%), arroz (8,75%), batata (8,35%), manteiga (2,46%), farinha de trigo (2,44%), pão francês (2,12%), o quilo da peça de acém (0,95%) e o açúcar (0,53%). Três produtos apresentaram baixa, são eles o leite (30,67%), feijão (7,46%) e o óleo (2,73%). O fubá foi o único produto que não apresentou variação no valor de um mês para o outro. e um permaneceu.
Com salário mínimo hoje sendo no valor de R$1.518,00, significa que a cesta básica equivale a 48,05% do salário, quase meta de um salário apenas para compara o básico.
Preço dos produtos na cesta básica no Brasil em janeiro de acordo com o DIEESE
- Em janeiro de 2025, o preço do café em pó subiu em todas as cidades pesquisadas. Os aumentos refletiram a oferta mundial restrita e a especulação do grão nas bolsas.
- O preço do tomate aumentou em 15 das 17 capitais, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. O maior volume de chuvas reduziu a oferta e a qualidade do fruto, o que provocou a elevação de preço.
- O preço do quilo do pão francês subiu em 14 capitais entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, A menor oferta de trigo nacional e a necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado, encareceu a farinha de panificação, o que explica a alta do preço do pão francês no varejo.
- O preço do quilo da batata diminuiu em nove das 10 cidades do Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. A maior oferta e a alta produtividade das colheitas reduziram os preços no varejo.
- Em janeiro de 2025, o preço do arroz agulhinha diminuiu em 16 das 17 cidades. A maior oferta, devido às importações de arroz, e o baixo movimento no mercado de compra e venda são responsáveis pelos valores menores na maior parte das cidades.
- O custo do quilo do feijão diminuiu em 13 das 17 capitais. A baixa demanda, devido às férias escolares, e o satisfatório nível de oferta explicam a diminuição no varejo.
- O preço do leite integral baixou em 12 capitais. A maior disponibilidade de leite cru, impulsionada pelo avanço da safra nacional, tem aumentado o estoque dos produtos lácteos, como o leite UHT.
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