Reunião promovida pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos com o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin debateu os impactos da insegurança jurídica e de medidas internacionais sobre o setor produtivo dos municípios
O prefeito Hingo Hammes, participou nessa quarta-feira (6), em Brasília, de uma reunião promovida pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O encontro reuniu gestores municipais de diversas regiões do país para debater os reflexos da atual conjuntura econômica internacional e nacional, incluindo o chamado “tarifaço”.
A medida norte-americana preocupa setores importantes da economia brasileira e tem sido acompanhada com atenção por cidades de todo o país. O temor é que o aumento das tarifas e a instabilidade no comércio global impactem negativamente a atividade produtiva, o consumo e, consequentemente, a geração de empregos e a arrecadação nos municípios.
Em Petrópolis, os efeitos são variados. O setor de aviação, por exemplo, não deve ser diretamente afetado pelas novas tarifas, já que, em sua maioria, está isenta. A manutenção dessa condição é considerada estratégica para evitar impactos diretos no mercado de trabalho. No entanto, o ambiente internacional instável pode levar à revisão de contratos, comprometer novos investimentos e, com isso, afetar empregos e receitas para o município.
Já no setor têxtil, tradicional na economia de Petrópolis, o impacto direto das tarifas tende a ser menor, uma vez que a maioria das empresas atua no mercado interno. Ainda assim, o cenário global mais instável pode gerar efeitos indiretos, como redução de demanda, aumento de custos e retração de encomendas, especialmente para os poucos empreendimentos que mantêm relações comerciais com o exterior.
Durante a reunião, o prefeito alertou para o impacto que a combinação entre instabilidade externa e insegurança jurídica interna pode provocar nos municípios. “Quando decisões internacionais se somam à falta de segurança jurídica aqui dentro, o efeito imediato é a retração de investimentos, perda de competitividade e risco ao emprego e à arrecadação”, destacou.
Adesão à Comissão Nacional de Adaptação Urbana e Prevenção de Desastres
O prefeito Hingo Hammes também assinou o termo de adesão à Comissão Permanente de Adaptação Urbana e Prevenção de Desastres (CASD), promovida pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP). A iniciativa reúne gestores de todo o país em torno de uma agenda comum voltada à sustentabilidade, à redução de riscos e ao fortalecimento da resiliência urbana.
Com a adesão, Petrópolis se une ao esforço nacional de prevenção a desastres naturais e planejamento urbano responsável, pautado na cooperação federativa, na capacitação técnica e no desenvolvimento de políticas públicas eficazes.
“A história de Petrópolis nos mostra o quanto é urgente colocar a prevenção no centro das decisões públicas. Essa adesão representa mais um passo importante nesse caminho. Já temos, inclusive, uma lei municipal de minha autoria que determina a obrigatoriedade da destinação de, no mínimo, 2% do orçamento anual do município para obras de prevenção de desastres, como contenção de encostas e intervenções estruturais. Estamos investindo em planejamento, nos antecipando aos riscos e buscando soluções reais para proteger vidas e garantir um futuro mais seguro para todos”, destacou o prefeito.
Entre os principais eixos da Comissão estão a articulação entre os municípios, a promoção de soluções sustentáveis para os centros urbanos e a construção de estratégias para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, com foco na segurança da população.
A adesão à Comissão representa mais um avanço concreto na consolidação de uma política pública permanente de prevenção em Petrópolis. A cidade reafirma seu compromisso com o planejamento, com a proteção da população e com a responsabilidade de enfrentar, de forma técnica e estruturada, os desafios impostos pelo cenário climático atual.
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