“A gente vive extremos no Brasil. Precisamos conciliar isso. Sou a favor do desenvolvimento desde que seja sustentável, respeitando e conciliando o meio ambiente com o desenvolvimento econômico”, afirma o deputado
Mariana Machado estagiária
O deputado estadual do Rio de Janeiro e Presidente Nacional do Partido Renovação Democrática (PRD), Marcus Vinícius, criado e morador de Petrópolis, representa o município e o interior do estado em todo o país. Como presidente nacional do PRD, o foco de Marcus em fazer o partido crescer em Petrópolis é grande, assim como ter petropolitanos em cargos de deputados, por exemplo, pelo país, trazendo cada vez mais emendas para a Cidade Imperial.
“Eu acho que a importância em ter um presidente nacional de partido, vindo de Petrópolis, é poder levar o nome da nossa cidade. Já é a terceira vez que temos um presidente nacional de partido, e o que eu vejo de mais importante é saber que a gente vai participar, e de alguma forma tentar fortalecer, o nosso estado e a nossa cidade no centro das discussões do que acontece em Brasília”, afirma o deputado.
São de autoria de Marcus Vinícius leis como: Lei 7650/2017 - Petrópolis Capital Estadual da Cerveja Petrópolis; Lei 6251/2012 - Inclui a Bauernfest no Calendário Oficial do Estado do Rio; Lei 6331/2012 - Lei da Moda que garantiu ICMS a 2,5% para o setor têxtil; Indicações 539/08 e 541/08 - Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Petrópolis e Itaipava; entre outras.
Diário de Petrópolis: Como é a participação do partido no município atualmente, com o vereador Wesley Barreto eleito? O partido visa aumentar a participação em Petrópolis?
Marcus Vinícius: Nós fizemos, não só em Petrópolis, mas no estado, uma bela eleição. Foi a nossa primeira eleição como partido, nós elegemos o vereador Wesley, e já estamos trabalhando para, na próxima eleição, aumentar a nossa bancada de vereadores na cidade e no estado inteiro, mas, começando com Petrópolis que é a cidade onde eu moro, casei, criei meus filhos, e é de onde sai a minha maior articulação política. Eu passei a presidência do partido na cidade para o vereador Wesley Barreto, para dar um pouco de sangue novo.
DP: De acordo com o Atlas Digital de Desastres, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, os registros, de 1991 a 2024, mostram que 100% dos desastres em Petrópolis são hidrológicos. Quais medidas o senhor ainda considera necessárias para a prevenção destes desastres no município?
MV: Bom, eu acho que a gente tem ainda muito a fiscalizar. Petrópolis precisa, além de informar, continuar coibindo a construção desordenada em áreas onde não é permitido construir. Eu acho que deve ser feita a prevenção por monitoramento, que é isso, acredito, que a prefeitura vem fazendo, junto com o governo do estado e federal. E continuar informando e ensinando as pessoas que o que a gente faz hoje vai refletir bem mais rápido do que antigamente, porque as catástrofes têm ocorrido em um espaço de tempo muito menor.
DP: Como o senhor vê a questão da geração de empregos no município?
MV: Eu acho que a geração de emprego hoje é o principal pedido da população petropolitana. A gente precisa trazer e gerar mais empregos para a cidade. A cidade cobra isso do agente político. Cobra de mim, da Câmara, do prefeito. Criar mais emprego, principalmente na área do turismo, que eu acho que é a nossa principal vocação.
DP: O senhor considera Petrópolis uma cidade que atende bem as pessoas da terceira idade?
MV: Olha, acho que a cidade precisa entregar mais acessibilidade, não só para a terceira idade, mas também para as pessoas com deficiência. Mas esse é um problema que não é só de Petrópolis, é do Brasil inteiro. É muito difícil, Petrópolis precisa de mais investimento em acessibilidade. Mas não é uma coisa que vai resolver da noite para o dia. Precisamos de política pública para a terceira idade, com continuidade, e também para a acessibilidade.
DP: O senhor tem propostas em favor da preservação do meio ambiente. Qual sua opinião sobre o PL 2159/2021, apelidado nas redes sociais de “PL da Devastação”? Considera ele benéfico ou maléfico para o município?
MV: Eu considero, assim, o grande desafio da Câmara e dos governos hoje é como fazer o desenvolvimento do Brasil e dos municípios em parceria, porque a gente vive extremos no Brasil. Precisamos conciliar isso. Sou a favor do desenvolvimento desde que seja sustentável, respeitando e conciliando o meio ambiente com o desenvolvimento econômico.
DP: Como é benéfico, para os petropolitanos e para o município, trazer mais faculdades públicas para Petrópolis? Como isso pode ser feito?
MV: Toda instituição de ensino que vem para a nossa cidade vem para trazer conhecimento, além de criar profissionais e profissionalizar mais a cidade. Mas, o que eu entendo, é que a gente não pode viver do discurso fácil de trazer mais uma faculdade, sem a cidade ter condição de receber, não só os alunos, mas aquilo que vem agregado. Mas claro que eu sou favorável, ninguém que é político é contra trazer ensino público para a nossa cidade. Até porque vem o ensino, a profissionalização, o turismo, as famílias, o comércio. Isso é uma cadeia gigante. Eu considero válido e necessário.
DP: O senhor considera que a nova concessão da BR-040 trará muitos benefícios, tanto para Petrópolis quanto para todo o estado?
MV: Acho que já está tarde, passou muito tempo, mas entendo que a nova concessão precisa ser séria e entregar o que a população da nossa cidade precisa. Para quem usa a Serra quase que diariamente é um absurdo você sexta-feira passar o que você passa. A gente precisa de celeridade para as entregas que a região precisa.
DP: Qual principal dificuldade o senhor vê que o município enfrenta hoje?
MV: Acho que o município passa por uma questão de reestruturação nos últimos anos, e que o maior desafio do Hingo hoje é organizar a gestão e as contas públicas do município, que é uma realidade que vem há muitos anos e não consegue ser resolvida. Pois para investir em saúde, educação e infraestrutura, precisa estar com a casa organizada. Entregar saúde e educação faz parte de um governo, mas para ele voltar a investir na cidade, ele precisa organizar a gestão.
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