Petrópolis registrou 7 mil casos no ano passado
Larissa Martins
Na última semana, a secretaria estadual teve a confirmação do primeiro caso de dengue tipo 3, notificado pelo município do Rio. A vítima é uma mulher de 60 anos e o caso segue em investigação. No estado, não há circulação predominante do tipo 3 desde 2007, o que torna uma parcela grande da população mais suscetível à doença.
No ano passado, o Estado do Rio de Janeiro contabilizou 302.674 casos prováveis, 9.726 internações e 232 óbitos. Somente em Petrópolis foram 7,7 mil casos prováveis da doença, de acordo com o painel de arboviroses do Ministério da Saúde. Houve a confirmação de 20 óbitos no município.
Entre 29 de dezembro de 2024 e 14 de janeiro de 2025, em todo o estado do Rio de Janeiro, foram confirmados 810 casos prováveis de dengue. Até o momento não houve mortes, mas há 50 vítimas internadas. O Ministério da Saúde emitiu um alerta afirmando que o Rio está entre os seis estados com risco de aumento na incidência em 2025. Além do estado fluminense, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Tocantins também serão monitorados de perto devido a sinais de crescimento nas infecções. No entanto, todas as unidades federativas receberão apoio do Ministério da Saúde para o controle da doença.
“No ano passado tivemos a maior epidemia de dengue dos últimos anos em nosso estado e também no país. Por isso é importante preparar os municípios para o enfrentamento à dengue. E isso não se restringe às ações de prevenção, é preciso ajudar os gestores a organizarem a rede de assistência, para que os profissionais de saúde ofereçam diagnóstico preciso e tratamento”, explica a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Sintomas
Os sintomas da dengue tipo 3 são os mesmos dos tipos 1, 2 e 4, sendo os principais febre alta (maior que 38°C); dor no corpo e articulações; náuseas e vômitos, dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
Medidas
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde informa que como parte das medidas de controle, prevenção e mitigação dos impactos causados pela dengue, o município instituiu o Comitê Intersetorial de Arboviroses. Esse comitê reúne representantes de diversas áreas da gestão pública, com o objetivo de elaborar e implementar ações cooperativas e integradas para o enfrentamento dos casos.
Além disso, o município conta com um Plano de Contingência de Arboviroses, aprovado pela Secretaria Estadual de Saúde, que inclui um Plano de Ação detalhado, abrangendo aspectos técnico-assistenciais para o combate efetivo a essas doenças.
A Secretaria de Saúde segue empenhada em proteger a saúde da população e reforça a importância da colaboração de todos na eliminação de criadouros do mosquito transmissor, adotando medidas simples, como evitar o acúmulo de água parada.
Treinamento
O Governo do Estado, por meio da SES-RJ, vai manter o monitoramento de casos e a campanha “Contra a dengue todo dia”, prevista no Plano de Contingência. O governo mantém ainda o treinamento de profissionais de saúde, que já vêm recebendo capacitação desde o ano passado. Além disso, o Estado segue garantindo apoio na instalação de centros de hidratação conforme os níveis de alerta da doença.
*Com informações da Agência Brasil
Veja também: