Consumidores temem aumento de preço e esgotamento do estoque; mercados limitam compras
Larissa Martins especial para o Diário
Por medo de o preço subir ou os estoques se esgotarem, os petropolitanos estão lotando os mercados da cidade em busca de comprar arroz. O desespero para garantir o ingrediente principal do prato brasileiro é por conta medida que tem sido adotada por diversos estabelecimentos. Estes estão limitando o número de pacotes de arroz que podem ser comprados.
O Bramil, por exemplo, limitou a compra a quatro itens por cliente, na tarde desta quinta-feira (9). Na Dib apenas 10 unidades de 1kg podem ser compradas pelos clientes. Já as embalagens de 5kg só podem ser levadas no máximo duas. No Empório Multimix a situação é parecida. Devido a alta procura, apenas cinco pacotes de 1kg e dois de 5kg podem ser comprados. O Armazém do Grão informou que houve aumento de 35% no volume de vendas, comparando nos períodos de 2 a 8 de abril e 2 a 8 de maio. No entanto, o estabelecimento permanece com o estoque suficiente para manter a população, por enquanto, sem limitar.
Produtora de arroz
A decisão foi tomada pelo fato de o Rio Grande do Sul ser o maior produtor de arroz no Brasil, responsável por 70% da produção nacional. Dados do Censo Demográfico apontam que, em 2022, foram produzidas 7.671.978 toneladas recolhidas de 935.567 hectares, ou seja, 8.199 Kg por hectares. Devido a tragédia registrada na última semana, dificuldades têm sido enfrentadas para distribuir aos estados.
Mercado internacional
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que para evitar o aumento nos preços, vai comprar o produto já industrializado e empacotado fora do país. A informação foi dada na última terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
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