Na última década, atividade registrou espécies em 26 unidades de conservação estaduais
O Programa Vem Passarinhar, uma importante iniciativa de educação ambiental promovida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), celebra, neste mês de outubro, dez anos de criação e, com um saldo positivo: a atividade registrou 545 espécies de aves silvestres ao longo de 131 edições realizadas em 26 unidades de conservação administradas pela pasta ambiental fluminense. O programa contou com a participação de 2.510 pessoas.
Esse quantitativo de aves observadas representa 66,22% do total da avifauna (823) existente no Estado do Rio de Janeiro. Dessas 545 espécies, 132 são endêmicas da Mata Atlântica com ocorrência restrita ao Rio de Janeiro. As unidades de conservação que registraram o maior número de espécies de aves silvestres foram os Parques Estaduais do Desengano, no Norte Fluminense, (100 aves); dos Três Picos, na Região Serrana (93 aves); Reserva Biológica de Araras, em Petrópolis (75 aves); Parques Estaduais da Pedra Selada, no Centro Sul Fluminense (69 aves); e Cunhambebe, na Costa Verde (61 aves).
O Vem Passarinhar, para além de promover a observação da avifauna, inventiva a visitação, a geração de conhecimento científico e o envolvimento da comunidade na valorização e na proteção do meio ambiente. Mostramos também que é possível combinar turismo, diversão e conscientização ambiental, pauta essencial na formação do cidadão destacou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
Dentre as aves observadas durante o Vem Passarinhar estão o sabiá-pimenta (Carpornis melanocephala) que estava há 20 anos sem registro no Estado do Rio; sabiá-da-praia (Mimus gilvus), espécie ameaçada de extinção e endêmica de restinga; araçari-de-bico-branco (Pteroglossus aracari), endêmico da Mata Atlântica; e tiriba-grande (Pyrrhura cruentata), ameaçado de extinção e endêmico da Mata Atlântica.
O programa Vem Passarinhar tem como objetivo estimular a contemplação de aves nas unidades de conservação estaduais, e essas observações ajudam no monitoramento e na coleta de dados sobre a distribuição e o comportamento da avifauna. As imagens capturadas são utilizadas pelo Inea nas atividades de educação ambiental na comunidade e nas escolas, estimulando a sensibilização ambiental sobre a importância da conservação
da diversidade biológica.
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