“O hortomercado é muito importante na representatividade do produtor rural”, diz o vereador Marquinhos Almeida, autor do PL
Mariana Machado estagiária
O vereador Marquinhos Almeida publicou um projeto de lei, aprovado pela Comissao de Constituicao e Justica da Camara, que visa declarar como Patrimonio Cultural do Povo Petropolitano, o Hortomercado Municipal Jornalista Jose Carneiro Dias, em Itaipava. O PL está tramitando na Camara Municipal.
Segundo a justificativa do vereador, a ideia “e proteger o Hortomercado Municipal, fazendo com que ele se consolide como polo de turismo rural e gastronomico, sendo referencia em seguranca alimentar e reaproveitamento de produtos”.
“O Hortomercado é muito importante na representatividade do produtor rural. É onde ele consegue expor tudo aquilo que produz. É um local de diversas atividades, tanto gastronômica, cultural, e onde as pessoas que vêm passear na cidade de Petrópolis conseguem também entender um pouco da nossa cultura. Onde cada produtor ali mostra para essas pessoas a importância desses produtores familiares. E cada comerciante ali também usufrui desse trabalho tão importante para a nossa cidade”, disse o vereador Marquinhos Almeida.
O Hortomercado Municipal Jornalista Jose Carneiro Dias, é amplamente conhecido na cidade, e concentra um grande numero de comerciantes que ali trabalham ha tres decadas, uma vez que, em agosto de 2025, o espaco completara 36 anos de existencia.
O Hortomercado recebeu o nome de José Carneiro Dias, pai do diretor-presidente do Diário de Petrópolis, Paulo Antônio Carneiro Dias, que declara que o local “tornou-se um point. Meu pai participou como secretário de obras na época do ex-prefeito Paulo Rattes. O bar se chamava, por conhecimento, o Bar do Pastel. Aos sábados e domingos, reunia banqueiros, intelectuais, a sociedade metropolitana, ia para, além de comprar, ficar no Bar do Horto, e divertiam-se com músicas ao vivo, e qualidade no serviço”, relembrou.
Ele conta também que correu atrás do calçamento do Hortomercado, juntamente com o ex senador, Paulo Duque. “Na época solicitei ao senador uma emenda para o calçamento do horto, para melhorar, porque era muita poeira”, revela.
Entretanto, um problema recorrente visto no horto, segundo ele, é o do estacionamento, que tem sido usado por pessoas que não ficam no local, e sim estacionam para realizar outras atividades em locais próximos.
“Juntamente com o desenvolvimento do Horto, o Parque Municipal começou muitas atividades finais de semana. Então as pessoas que chegaram em Itaipava, passaram a criar um novo hábito, estacionavam no Horto. Mesmo com amplas áreas para estacionamento no fundo do Parque Municipal, não abrem para estacionamento. E passaram a ocupar todas as vagas do horto, e iam passeando ali, por Itaipava, para fazer suas compras. Então aqueles compradores tradicionais do Horto passaram a não ter vaga para estacionar. Então, começou a crise econômica do Horto. Já foi sugerido que colocassem, aos finais de semana, um estacionamento pago, em que o cliente entraria no Horto, e se consumisse um valor, a ser estudado, ele não pagava o estacionamento. Se não consumisse no Horto, pagaria o estacionamento. Mas não houve êxito nessa iniciativa”, ressalta Paulo Antônio.
“O Horto é sempre importante pelo que representou para a cidade e vai continuar representando, desde que entendam que o Horto é importantíssimo, Itaipava é importantíssima para o município e o comércio Itaipava, para a economia. Nós temos que procurar na cidade uma alternativa para solução, o prefeito, o secretário, procurarem outros locais de cultura, alternativa pra fazer um rodízio com o parque” conclui o diretor presidente do jornal.
Por fim, a proposta a intencao de dar um passo inicial para garantir a continuidade do Hortomercado, garantindo a permanencia de sua memoria, cabendo ao Governo Municipal, em momento posterior, dar inicial ao procedimento administrativo que resultara no seu tombamento, se assim entender pertinente, com base na Lei Organica Municipal.
O hortomercado
O espaco conta, atualmente, com 36 boxes que comercializam produtos artesanais e de horticultura (hortalicas, leguminosas e flores), alem de frutas e laticinios. Todos os corredores do mercado sao destinados as comunidades rurais da cidade. Os produtos comercializados no espaco sao, na maioria, frutos negocios familiares, que passam de pai para filho (a).
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