“Propomos uma campanha educativa voltada ao público escolar e à sociedade em geral”, diz o autor do projeto
Mariana Machado estagiária
O vereador Marquinhos Almeida é autor do Projeto de Lei “Namoro sem violência”, que visa prevenir e conscientizar as relações afetivas de namoro entre jovens. A campanha, se aprovada, será realizada anualmente na segunda semana de junho. O objetivo do projeto é sensibilizar e mobilizar os jovens e adolescentes a discutirem sobre relacionamentos abusivos e propor práticas preventivas e de intervenção.
Dentre as ações do Poder Público destinadas à conscientização de jovens e capacitação de educadores, estão a divulgação da campanha em mídias sociais, questionários para pesquisa de comportamento, dinâmicas em grupo, debates, divulgação de manifestos, bem como outras atividades interativas, com temas relacionados à violência nas relações.
De acordo com o PL, tais medidas devem sensibilizar e mobilizar adolescentes a discutir a violência nas relações e propor práticas preventivas e de intervenção prévia.
O vereador ressalta que a violência no namoro é um problema que “afeta um grande número de jovens e tem recebido pouca atenção do poder público. Quando a violência se instala no cotidiano das relações afetivas durante a adolescência, seus efeitos sobre o desenvolvimento dos valores, padrões e hábitos são devastadores”, afirma.
Marquinhos espera que, com o projeto, os jovens tenham a consciência de uma relação saudável e que saibam impor limites quando virem indícios de algum tipo de abuso.
Ele destaca que a Lei Maria da Penha dispõe da prevenção da violência doméstica e familiar, a promoção e realização de campanhas educativas. “É nesse sentido que propomos uma campanha educativa voltada ao público escolar e à sociedade em geral”, diz.
Em outra ocasião, a psicóloga Clínica, Evelyn Maciel, afirmou ao Diário que é muito comum mulheres até mesmo se reaproximarem de seus agressores, o que é muitas vezes ligado à dependência emocional e falta de uma rede de apoio que acolha e fortaleça.
Com isso, o vereador acredita que os casos de violência no município podem diminuir, visto que “o público-alvo são os jovens e adolescentes, e é esta a fase de descobrimento dos relacionamentos. Conscientizar leva a prevenção de danos afetivos que podem causar até mesmo a morte”, reforça.
O projeto está tramitando dentro do processo legislativo da Câmara Municipal, especificamente nas comissões permanentes que analisam a constitucionalidade e o mérito do projeto de lei.
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