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Rendimento médio mensal dos trabalhadores do Estado do Rio fica acima da média nacional

Niterói é destaque no País pelos altos valores recebidos nos rendimentos médios mensais per capita e de todos os trabalhos. Dados do Censo 2022: Trabalho e Rendimento apontam ainda as desigualdades entre gênero e raça. Informações foram divulgadas nesta quinta-feira (9) pelo IBGE

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil


Dados do Censo Demográfico 2022 demonstraram que o rendimento médio mensal de todos os trabalhos recebidos pelos trabalhadores do Estado do Rio ficou em R$ 3.107, em 2022. O valor é maior que o brasileiro, estimado em R$ 2.850,64, e faz o Rio ficar entre as nove unidades da federação que superou a marca nacional. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e faz parte da publicação dos resultados preliminares da amostra do Censo 2022: Trabalho e Rendimento. No Estado, a cidade de Niterói com R$ 5.371,43 se destacou com o oitavo maior valor do País. Outras seis cidades fluminenses estão acima da média nacional. Contudo, a pesquisa aponta as desigualdades na remuneração entre gênero e raça. Já a taxa estadual de ocupação das pessoas com 14 anos ou mais ficou em 51,02%. O Estado registrou ainda o segundo maior Índice de Gini do País, o que reflete na distribuição de renda dos moradores.

Conforme os resultados, além de Niterói, em média, os trabalhadores recebem melhores remunerações no Rio de Janeiro (4.081,71), Macaé (3.380,70), Rio das Ostras (R$ 3.146,55), Resende (R$ 2.993,43), Petrópolis (R$ 2.869,02) e Volta Redonda (R$ 2.855,11). Por outro lado, os menores valores estão em São Francisco de Itabapoana (R$ 1.563,45), Varre-Sai (R$ 1.586,16) e São José do Ubá (R$ 1.668,15). Na análise, 18 municípios do Estado superaram o valor de dois salários (R$ 2.424,00, valor corrente da semana de referência). O restante ficou entre um e dois salários.

Na desagregação estadual por sexo, o rendimento nominal médio mensal de todos os trabalhos dos homens era de R$ 3.435, superando das mulheres que era de R$ 2.706. Já o recorte por cor ou raça mostrou resultados mais elevados para as categorias: amarela (R$ 10.100) e branca (R$ 4.193), que registraram resultados consideravelmente acima da média nacional. Em seguida estão as categorias de cor ou raça indígena (R$ 2.749) parda (R$2.370) e preta (R$ 2.177). Na pesquisa estadual, a população branca corresponde a 42,2% da força de trabalho enquanto a parda (40%), preta (17,5%), amarela (0,15%) e indígena (0,13%). Na definição, amarelos são as pessoas de origem oriental: japonesa, chinesa, coreana, entre outros.
NITERÓI TEM A 5ª MAIOR RENDA PER CAPITA DO BRASIL
O recorte do Censo 2022 trouxe ainda as estimativas para o rendimento domiciliar per capita, que é amplamente utilizado em análises socioeconômicas e como subsídios a elaboração de políticas públicas. Em 2022, a média dessa variável no Rio foi de R$ 1.846,50, maior que a do Brasil (R$1.638,06). Niterói com R$ 3.577,32 mais uma vez se destaca como o quinto melhor valor do Brasil. Nas próximas posições no Estado estão: Rio de Janeiro (R$ 2.515,32), Resende (R$ 1.881,11), Macaé (R$ 1.876,38), Teresópolis (R$ 1.860,47), Rio das Ostras (R$ 1.840,11) e Petrópolis (R$ 1.822,76). Por outro lado, os municípios com menores registros são Japeri (R$ 786,34), Belford Roxo (R$ 915,03), São Francisco do Itabapoana (R$ 939,48) e Queimados (R$ 958,95).

Quando a desagregação é feita por cor ou a raça, no entanto, as diferenças se mostram mais marcantes. O rendimento médio mensal domiciliar per capita é maior para a população amarela (R$ 5.590,22) e branca (R$2.571,75), quando comparado com a população indígena (R$ 1.841,56), parda (R$ 1.340,59) e preta (R$ 1.245,15). Considerando a distribuição da população por classes de rendimento em salários mínimos, verifica-se que 54,76% da população estadual vive com rendimento mensal per capita médio de até um salário mínimo; 35,66% de um a cinco salários mínimos; 5,03% de cinco a 20 salários mínimos; e 4,54% sem rendimento.

TAXA DE OCUPAÇÃO

A taxa de ocupação no Estado, que leva em conta o percentual de pessoas, de 14 anos ou mais, alcançou 51,02%, em 2022. No Brasil, esse número foi de 53,5%. Dos 92 municípios do Estado, 34 estão acima da média nacional, enquanto 31 cidades estão com o índice abaixo de 50%. Entre os cinco municípios com os maiores níveis de ocupação estavam Sumidouro (65,12%), Armação dos Búzios (63,78%), Paraty (60,80%), São José do Vale do Rio Preto (60,29%) e Bom Jardim (59,95%). Em contrapartida, Japeri (37,32%), São João da Barra (40,30%) e Italva (42,72%) estão na outra ponta do ranking. Ainda em relação ao nível de ocupação, os homens representam 54,8% e as mulheres 45,2%.

Considerando as pessoas ocupadas por nível de instrução, as mulheres apresentaram escolaridade mais elevada que os homens. Enquanto 28,5% delas possuíam nível superior completo, para os homens este percentual alcançava 19,5%. Em relação a categoria de mais baixa instrução sem instrução e fundamental incompleto a representatividade masculina (20,9%) foi superior à feminina (15,1%).

A maior concentração de pessoas ocupadas foi na categoria Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (23,82%). Em seguida, Ocupações elementares (14,7%) e Profissionais das ciências e intelectuais (13,88%) e Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios que registrou 12,23%.

ÍNDICE DE GINI
Com 0,574, o Estado do Rio de Janeiro registrou o segundo maior Índice de Gini do País na distribuição do rendimento mensal per capita dos moradores. Esse é um dos principais indicadores que medem as desigualdades na distribuição de rendimentos da população, sendo utilizado para balizar políticas públicas de diferentes países. O valor está acima da média nacional que ficou em 0,542. O Rio está atrás apenas do Distrito Federal (0,584). As melhores marcas foram apuradas em Santa Catarina (0,452), Paraná (0,482), Rio Grande do Sul (0,484) e Rondônia (0,489).

A construção deste indicador prevê a utilização de toda a informação disponível sobre rendimentos de uma população, considerando a distribuição como um todo e sintetizando-a em um único valor que varia de 0 a 1, sendo 0 a situação de perfeita igualdade na distribuição dos rendimentos e 1, de perfeita desigualdade, onde todo o rendimento estaria concentrado nas mãos de uma única pessoa.

PESQUISA
O levantamento traz informações inéditas que permitem conhecer as principais características das pessoas residentes que trabalham, tais como: posição na ocupação e categoria de emprego, e o detalhamento das ocupações e atividades econômicas. Também serão divulgadas as informações dos rendimentos de todas as fontes (trabalho e demais fontes), que permitem a construção de indicadores de desigualdade, como o índice de Gini. Os resultados completos podem ser acessados no Sidra.

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