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Risco de Febre Oropouche é maior para gestantes

Saiba quais são os sintomas e meios de prevenção

Foto: Pixabay
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Bruna Nazareth - especial para o Diário

O aumento de casos de febre oropouche tem gerado preocupação no país, já que foram registrados, este ano, 7.236 casos em 20 estados do país, sendo a maior parte identificada no Amazonas e em Rondônia.

Recentemente, o Ministério da Saúde confirmou duas mortes pela doença. As vítimas eram mulheres com menos de 30 anos, sem comorbidades, que viviam no interior da Bahia e apresentavam sinais e sintomas semelhantes aos da dengue grave.

Nesse contexto, é essencial que os profissionais de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar os sintomas da febre oropouche e da dengue por meio de avaliações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais, além de orientar ações de prevenção e controle. No entanto, também é importante que os infectados fiquem atentos aos sinais e sintomas da doença.

Febre Oropouche

A Febre Oropouche é uma doença viral causada pelo vírus Orov, transmitido principalmente pela picada do mosquito maruim e também por espécies do mosquito Culex. Após picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias, assim, quando esse mosquito pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Os sintomas da doença podem ser confundidos com os da dengue e da chikungunya, devido à semelhança dos sinais, como dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

O diagnóstico é feito através de avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial. Infelizmente, não existe um tratamento específico para a doença, tornando o acompanhamento médico essencial.

Alerta para gestantes

Embora não esteja comprovado, o risco para gestantes é maior, podendo trazer consequências para a mãe e o bebê. O Ministério da Saúde está investigando uma morte em Santa Catarina e a possível relação da doença com quatro casos de interrupção de gestação e dois de microcefalia em bebês nos estados de Pernambuco, Bahia e Acre.

Recentemente, eles emitiram uma nota técnica recomendando o reforço da vigilância em saúde quanto à possibilidade de transmissão vertical do vírus e orientando a sociedade sobre a arbovirose. A medida foi adotada após o Instituto Evandro Chagas detectar a presença do genoma do vírus em um caso de morte fetal e anticorpos em amostras de quatro recém-nascidos com microcefalia.

O ministério destacou que não há evidências científicas consistentes sobre a transmissão do vírus Oropouche da mãe infectada para o bebê durante a gestação, nem sobre o efeito da infecção na malformação de bebês ou no aborto.

Contudo, esses casos preocupantes tornam indispensáveis as medidas de prevenção e a atenção aos sintomas que o corpo pode apresentar em casos de infecção.

Prevenção

Para controlar a transmissão, é importante adotar medidas de prevenção e controle de vetores para prevenir picadas e reduzir as populações de mosquitos e outros insetos transmissores. Recomenda-se:

- Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
- Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
- Proteger as residências com mosquiteiros de malha fina nas portas e janelas.
- Seguir as orientações das autoridades de saúde locais para reduzir o risco de transmissão, especialmente se houver casos confirmados na sua região, incluindo medidas específicas de controle de mosquitos.

*Com informações da Agência Brasil, Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)

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