Amazônia registra pior temporada de queimadas em 17 anos. Neblina chegou também ao Rio e São Paulo
Mariana Machado especial para o Diário
Nas regiões ao Norte do país, o céu está escuro, coberto de fumaça, e o ar está difícil de respirar. Essa fumaça é resultado do maior número de focos de fogo em 17 anos na Amazônia, e se soma com a seca que atinge mais de mil cidades brasileiras.
Desde janeiro, foram contabilizados mais de 59 mil focos de fogo na Amazônia. A fumaça que cobre a floresta está viajando milhares de quilômetros e chegando a outros estados do país, e ainda promete piorar por conta dos ventos da frente fria que chega ao país neste fim de semana.
O que isso afeta nos outros estados?
A massa de ar que chega do Oceano Atlântico Tropical, pelo Nordeste do país, passa pela Amazônia, onde recebe umidade, e é empurrado para o restante do país, onde levaria umidade, favorecendo as chuvas. Entretanto, a falta de umidade da Amazônia, que está intensamente seca, interrompe o ciclo de chuva em todo o país.
Como se cuidar em meio à fumaça?
As consequências para a saúde, segundo os especialistas, atingem principalmente idosos e crianças, por conta, por exemplo, da maior suspensão de partículas na atmosfera, das altas temperaturas e da baixa umidade.
De acordo com a bióloga, Pós-doutoranda em Ciências Farmacêuticas e professora do Centro Universitário Una, Amanda Luísa da Fonseca, as queimadas provocam sérios problemas a saúde humana, desde doenças respiratórias, até a alteração fisiológica, uma vez que o corpo humano busca a homeostasia, que corresponde o estágio de bem estar e equilíbrio interno.
Qualquer alteração em um dos biossistemas do corpo humano, pode ocasionar em alterações fisiológicas e consequentemente o surgimento de novas doenças. Como destaque as principais alterações e doenças respiratórias causadas pelas queimadas são infecções do sistema respiratório, asma, conjuntivite, bronquite, irritação dos olhos e garganta, tosse, falta de ar, nariz entupido, vermelhidão e alergia na pele, além de desordens cardiovasculares, explica Amanda.
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