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Saúde lança painel de doenças e agravos na população por raça e cor

Ferramenta é um passo crucial para monitorar e enfrentar as disparidades entre grupos étnicos e raciais no Brasil, fornecendo subsídios para intervenções mais eficazes e inclusivas

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

OCentro Nacional de Inteligência Epidemiológica e Vigilância Genômica do Ministério da Saúde lançou o Painel Epidemiologia e Desigualdades: Doenças e Agravos na População para Raça/Cor. A ferramenta reúne informações detalhadas sobre o quesito raça/cor sobre casos de tuberculose, TB-HIV, hepatite B, hepatite C, sífilis adquirida, sífilis em gestantes, sífilis congênita, violência autoprovocada e violência interpessoal.

As desigualdades raciais e sociais têm impactado negativamente a saúde da população negra, resultando em maior morbimortalidade e dificuldades no acesso aos serviços de saúde. Em 2023, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) deu um passo importante ao retomar o Boletim Epidemiológico Saúde da População Negra, interrompido desde 2015, reforçando o compromisso com a equidade na saúde.

O painel revela que a população negra (preta e parda) concentra a maior parte dos casos das doenças monitoradas. Em 2023, cerca de 60% dos casos de tuberculose foram registrados nessa população, enquanto a população branca representou 23,38% dos casos. Além disso, a análise do desfecho de tratamento indica que as pessoas pretas e pardas interrompem o tratamento com maior frequência entre os casos novos de tuberculose.

No mesmo período, mais de 50% dos casos de hepatite B foram registrados entre as populações preta e parda, enquanto 37,09% ocorreram na população branca. Em relação à hepatite C, a população branca apresentou o maior percentual de casos no mesmo ano (46,86%), seguida pela população negra (44,01%).

Ao analisar os casos de sífilis congênita desde o início da série histórica, em 2012, observa-se que a população parda concentra mais de 50% dos casos. Em 2023, essa porcentagem atingiu 60,63%. Já em relação à violência autoprovocada e à violência interpessoal, entre 2011 e 2023, a população negra foi a mais impactada por essas violências, enquanto os casos envolvendo a população branca diminuíram ao longo do período.

Esse panorama evidencia a necessidade de fortalecer políticas públicas que promovam a equidade no acesso à saúde e incentivem ações direcionadas para reduzir as desigualdades raciais. A implementação do Painel Equidade Étnico-racial é um passo crucial para monitorar e enfrentar as disparidades, fornecendo subsídios para intervenções mais eficazes e inclusivas.

Painel Saúde da População Negra

A Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi), por meio da Sala de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE), disponibiliza o Painel Saúde da População Negra, uma ferramenta que apresenta informações detalhadas sobre as disparidades de saúde entre grupos étnicos e raciais no Brasil.

O painel é estruturado em três eixos principais que visam oferecer uma visão ampla e integrada sobre os desafios enfrentados por essa população:

Indicadores de Enfrentamento ao Racismo;
Características Sociodemográficas da População;
Morbidade da População Negra.
Segundo o diretor do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Dados e Informações Estratégicas em Saúde, Paulo Sellera, “o conjunto inicial de indicadores apresentados no painel teve por base o levantamento e análise de informações sobre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), apresentado na Nota Técnica nº 9/2024-CGMA/DEMAS/SEIDIGI/MS”.

Acesse o Painel Epidemiologia e Desigualdades: Doenças e Agravos na População para Raça/Cor

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