Febre Oropouche tem sintomas semelhantes aos da dengue e pode apresentar recidiva em até 60% dos casos
Por Mariana Machado Estagiária
A febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus e transmitida pelo inseto popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Após picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir a doença.
Nas primeiras nove semanas de 2025, Petrópolis registrou 60% do total de casos confirmados em todo o ano passado. Em 2024, foram contabilizados 10 casos na cidade, enquanto em 2025 já há seis casos prováveis em residentes do município. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde informa que outros 29 casos prováveis foram atendidos em pacientes de outras localidades.
No cenário nacional, 2024 registrou 13.791 casos, com quatro óbitos confirmados e outros três em investigação. Já nas nove primeiras semanas de 2025, foram contabilizados 6.259 casos e um óbito segue em investigação.
Os primeiros sintomas da doença aparecem entre três e oito dias após a picada do inseto e podem durar de dois a sete dias. O vírus permanece no sangue da pessoa infectada por um período de dois a cinco dias após o início dos sintomas. Estudos indicam que até 60% dos pacientes podem apresentar recidiva, com nova manifestação dos sintomas entre uma e duas semanas após a primeira infecção.
Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos da dengue, incluindo febre de início súbito, dor de cabeça intensa e prolongada, além de dores musculares e articulares. Também podem ocorrer tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Em alguns casos, há manifestações hemorrágicas e comprometimento do sistema nervoso.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que as medidas de prevenção contra a febre Oropouche são as mesmas adotadas contra a dengue. "A eliminação de criadouros, evitando o acúmulo de água parada, é essencial para impedir a proliferação do vetor", destaca o órgão. A Prefeitura mantém ações preventivas e de conscientização, com a atuação de Agentes de Combate às Endemias (ACE) e da Defesa Civil, que percorrem a cidade para orientar a população e distribuir materiais informativos nos terminais de ônibus e no Calçadão do Cenip. Além disso, continuam as visitas domiciliares para identificar possíveis focos do mosquito.
Pessoas com sintomas da doença devem buscar atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Centro, Cascatinha e Itaipava, no Pronto-Socorro Leônidas Sampaio, no Alto da Serra, e nas Unidades Pré-hospitalares dos distritos de Pedro do Rio e Posse.
Veja também: