A redução do município acompanha a tendência nacional. Em todo o país, 6,55 milhões de famílias superaram a faixa de renda de até R$ 218 por pessoa, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social.
Emanuelle Loli - estagiária
Cerca de seis mil famílias petropolitanas deixaram a linha da pobreza nos últimos dois anos, ao todo, são 9.380 pessoas. O cenário acompanha a tendência nacional, que também mostrou números menores do que os de 2023. Os dados são de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
O CadÚnico considera como linha da pobreza famílias com renda de até R$218 por pessoa. Em agosto de 2023, o cadastro tinha 29.240 famílias petropolitanas nessa faixa de renda. No mesmo período de 2025, o número foi reduzido para 23.241, uma diminuição de aproximadamente 20%.
Para Adriana Kreischer, secretária de Assistência Social de Petrópolis o resultado dos números é fruto de um grande trabalho que envolve todo o Governo Municipal que busca dar condições da cidade crescer e oferecer perspectivas para todos.
"A superação da pobreza é fruto de um trabalho feito em diversas frentes no município, desde o desenvolvimento econômico até o cuidado e assistência oferecida às pessoas em situação de rua. Dessa forma, nós conseguimos avançar tanto no atendimento de quem enfrenta extrema pobreza quanto na criação de oportunidades para melhorar a situação de quem tem baixa renda”, disse.
O cadastro terminou o mês de agosto deste ano com 52.803 famílias em Petrópolis, o que significa 115.192 pessoas. O ministério classifica os inscritos no CadÚnico em três faixas de renda mensal por pessoa:
O CadÚnico funciona como porta de entrada para benefícios do governo, como o Bolsa Família. No caso do programa de transferência de renda, a principal regra para ter direito é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês.
Brasil
No parâmetro nacional são cerca de 6,55 milhões de famílias que deixaram a linha da pobreza nos últimos dois anos. Em termos individuais, essas famílias representam um total de 14,17 milhões de pessoas.
Em 2023, o cadastro tinha 26,1 milhões de famílias nessa faixa de renda. Em julho de 2025, a quantidade foi reduzida para 19,56 milhões, diminuição de 25%.
Para o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, o resultado é uma combinação de desenvolvimento econômico e social.
"A prioridade do governo (federal) é tirar as pessoas da fome e da pobreza. A renda é um componente fundamental para as pessoas terem acesso aos alimentos e o resultado é que, combinando desenvolvimento econômico e social, tiramos o Brasil do Mapa da Fome e as pessoas estão saindo da pobreza, seja pelo trabalho ou pelo empreendedorismo", analisou.
Renda familiar
O cálculo da renda familiar por pessoa consiste na soma das rendas individuais dos integrantes da família dividida pelo número de pessoas que formam o núcleo familiar.
No valor da renda individual, além de recursos obtidos por meio do trabalho, entram na conta aposentadoria, pensão, doações e o Benefício de Prestação Continuada (BPC - um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade).
O levantamento que mostra redução de pessoas abaixo da linha da pobreza foi realizado pela Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único. De acordo com secretário da pasta, Rafael Osório, a diminuição de famílias com renda inferior a R$ 218 por pessoa é explicada por três fatores:
Com esse aprimoramento do cadastro, o governo consegue incorporar dados como o recebimento de aposentadoria, por exemplo.
“Com a integração das informações com outras bases de dados, já disponíveis ao poder público, reduzimos a dependência da autodeclaração”, aponta o secretário.
*Com informações da Agência Brasil.
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