Saturno poderá ser visto a olho nu em Petrópolis
Mariana Machado estagiária
O fim do mês de setembro será marcado pela observação de Saturno, no dia 21 de setembro, quando será a ocasião ideal para realizar observações astronômicas graças à oposição de Saturno em relação à Terra, e a chegada da primavera marcada pelo equinócio.
No dia 21 de setembro, Saturno estará diretamente oposto ao Sol no céu e em perigeu, ou seja, com a menor distância da Terra, portanto, aparecerá especialmente brilhante quando visto da Terra.
Conforme explica Marcelo De Cicco, astrônomo, doutor em Ciências Planetárias, e coordenador do projeto Exoss (organização colaborativa ciência cidadã sem fins lucrativos), o planeta está observável há semanas, mas no dia 21 estará particularmente mais brilhante e visível a noite inteira.
Saturno poderá ser observado a olho nu, mas o astrônomo recomenda que a observação seja feita através de pequenos telescópios, e, como sempre aconselha, para uma melhor observação é importante estar longe das luzes da cidade. O planeta estará “facilmente visível em Petrópolis”, afirma.
Já o equinócio, conforma explica Marcelo, é um momento em que o Sol cruza o equador celeste, uma linha imaginária no céu que divide o planeta em dois hemisférios: norte e sul. Isso acontece duas vezes por ano, em março, entre os dias 20 e 21, quando marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul, e em setembro, no dia 22 ou 23, e marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.
Na primavera e no verão, o dia é mais longo que a noite, enquanto no outono e inverno a noite é mais longa que o dia. Já no equinócio, o dia e a noite tem 12 horas de duração cada. “Isso ocorre porque o Sol está iluminando igualmente os dois hemisférios, pois está diretamente acima da Linha do Equador”, explica.
“Os equinócios são importantes porque a mudança de estação pode trazer variações de temperatura, umidade e padrões climáticos, e pode afetar a flora e a fauna, como a floração de plantas, a migração de animais e a hibernação de alguns animais”, conclui Marcelo de Cicco.
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