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Técnicos apresentam projetos para trânsito em  Itaipava

Estudo da UFRJ adota projetos de mobilidade da NovAmosanta

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Douglas Prado especial para o Diário

O estudo sobre mobilidade urbana realizado pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) adotou, como soluções necessárias para melhorar as condições de trânsito de veículos em Itaipava e áreas vizinhas, dois projetos que a associação de moradores NovAmosanta vem defendendo há vários anos junto a autoridades da Prefeitura, do Estado e até do governo federal, mas ainda sem solução. Agora, com a inclusão em estudo técnico encomendado pela própria Prefeitura, os projetos podem ser analisados com mais interesse.

Os projetos compreendem a criação de dois anéis rodoviários, um na altura do Horto Mercado e outro nas proximidades do acesso à estrada para Teresópolis, junto ao Supermercado Bramil. A expectativa da NovAmosanta é que o primeiro projeto seja levado em conta pelas autoridades, que se empenham na urbanização da Rua Agante Moço, que passa atrás do Horto e do Parque Municipal.

O projeto de transformar verdadeiramente a rua em alternativa para o trânsito na área mais importante de Itaipava, ainda não foi abrigado inteiramente pelo governo municipal, o que não esmorece os que o idealizaram e vêm lutando por ele, há muitos anos: os integrantes da NovAmosanta, a mais importante associação comunitária dos distritos de Petrópolis e de todo o município. O mesmo ocorre em relação ao outro projeto, na região do Bramil.

Vice-presidente da entidade que já presidiu por sete anos, o empresário Jorge de Botton descreve a integração da Agante Moço ao sistema principal de circulação do distrito como um anel viário que contorna o Parque de Itaipava, com duas pistas em cada sentido, tornando o trecho atual da União Indústria com sentido de trânsito único, em direção a Petrópolis e, portanto, também com duas pistas.

Se o projeto for adotado pelo prefeito Rubens Bomtempo, será a primeira maior intervenção, no sentido de organizar o trânsito de Itaipava, desde o governo Leandro Sampaio, que exigiu, em 1997, dos construtores da Granja Brasil afastamento suficiente para fazer as obras do único trecho duplicado da União e Indústria, no distrito. A necessidade de obras urgentes é confirmada no estudo sobre mobilidade urbana realizado pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), ressaltando a existência de gargalos importantes no trânsito de Itaipava.

Segundo Jorge de Botton, do projeto adotado pelo governo municipal não faz parte a criação de um acesso à Agante Moço, nas proximidades do quartel do Corpo de Bombeiros e do Fórum, mas os integrantes da NovAmosanta acreditam que ainda podem convencer as autoridades de sua importância, se a intenção da obra for mesmo de criar uma alternativa para o trânsito do distrito.

A Agante Moço começa em Bonsucesso e segue paralelamente à Estrada União e Indústria, até a altura do Shopping Tarrafas. A Prefeitura entende que o acesso poderia ser feito pela ponte de Bonsucesso, que seria ampliada, mas a NovAmosanta argumenta que não haverá espaço para duplicar a via, no primeiro trecho. Desta forma, o trânsito voltaria a ser jogado num trecho de rua estreita, sujeito também a engarrafamentos. Além disso, ajudará muito pouco na organização do trânsito da União e Indústria.

O trecho inicial da rua, que começa em Bonsucesso tem empreendimentos imobiliários, pequenos prédios comerciais e residências, o que torna inviável o alargamento. No trecho restante, o alargamento se dará em área do Parque Municipal. Sem o acesso proposto pela NovAmosanta, mesmo que o segundo trecho seja triplicado não representaria solução para o trânsito na região.

O projeto apresentado pela NovAmosanta é vital para o trânsito de Itaipava e dos demais distritos, que utilizam a União e Indústria, defende Jorge de Botton. As pessoas não podem passar horas presas em engarrafamentos. E não acredito em desenvolvimento econômico sem que se garanta boa mobilidade urbana. Em Itaipava o comércio sofre, os moradores sofrem. E há muitas formas de amenizar o problema. O Anel Viário Agante Moço é hoje a mais importante, porque o governo municipal vai fazer obras ali. Precisamos aproveitar este momento, acrescenta.

O acesso defendido pela NovAmosanta exigiria apenas a construção de uma ponte, ligando a União e Indústria à Agante Moço. Não haveria desapropriações, porque passaria por terreno hoje ocupado pela Comdep, cujas instalações poderiam ser recolocadas. Esta solução traria novas possibilidades para a utilização do Parque de Itaipava e de criação de novos espaços, como uma grande praça. Há anos defendemos esta solução, precisamos sensibilizar as autoridades para sua importância para toda a cidade, explica Jorge de Botton.

Além do Anel Viário da Agante Moço, a NovAmosanta sonha com uma outra intervenção na região, em ponto onde é necessário melhorar a fluidez do trânsito na União e Indústria: a construção de uma rotatória em área pertencente ao Supermercado Bramil, que já autorizou sua utilização em documento. Esta obra poderia reduzir os problemas de trânsito na confluência da União e Indústria com a Itaipava-Teresópolis, numa área já congestionada por conta do movimento do Terminal de Integração de Itaipava, que recebe os coletivos que servem à região.

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Projetos para áreas mais comprometidas por engarrafamentos

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ANEL DA RUA AGANTE MOÇO

O projeto propõe a construção de uma nova ponte, ligando a Estrada União e Indústria à Rua Agante Moço, que passa atrás do Parque Municipal. A rua seria alargada e formaria um anel rodoviário. O trânsito em direção aos distritos passaria nesse trecho da Agante Moço, com duas pistas e, em direção ao Centro, pela União e Indústria, também com duas pistas. A obra passaria por área hoje ocupada pela Comdep, que pode ser recolocada, com a vantagem de permitir a construção de uma grande praça pública. O acesso à Agante Moço se daria por uma ponte nas proximidades do Corpo de Bombeiros e do Fórum de Itaipava.


ANEL DO SUPERMERCADO BRAMIL

O segundo projeto defendido pela NovAmosanta e abrigado pelo relatório da Coppe reduziria os problemas em outro ponto de retenções e engarrafamentos, a Rotatória do Bramil. O novo projeto prevê a utilização de uma área pertencente ao supermercado, já disponibilizada por sua diretoria, para eliminar zonas de conflito no trânsito, om a criação de um desvio em formato de diamante para os veículos que trafegam no sentido de Itaipava para Bonsucesso, o que libera espaço para se utilizar duas faias ao longo do diamante e libera também espaço para uma duplicação da faixa com o sentido de Bonsucesso para Itaipava., da rotatória até o início do desvio.



Trânsito entrava desenvolvimento dos distritos

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Eliminar ou reduzir os efeitos do trânsito caótico para Itaipava e demais distritos é vital para o desenvolvimento da região e para a vida dos moradores. Em função dos contínuos engarrafamentos, uma viagem de ônibus urbano da Posse ao Centro pode demorar até três horas, nos horários de maior movimento, que coincidem exatamente com a necessidade de as pessoas chegarem ao trabalho, escola ou outro compromisso.

Além desses graves problemas, o trânsito impõe prejuízos ao turismo. Os visitantes, que procuram uma região conhecida por características rurais, bom clima e tranquilidade, acabam evitando as áreas sujeitas a engarrafamentos e ficam desestimulados a procurar restaurantes, supermercados ou lojas da região. Muitos comerciantes dizem que muitos cariocas proprietários de residências no distrito fazem compras no Rio e vão direto para casa, evitando passar pelo comércio local, para não ficarem presos em engarrafamentos.

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