Wellington Daniel
Após um ano, a covid-19 já infectou 25.216 petropolitanos em 74 bairros. É o que aponta o levantamento realizado pelo Diário de Petrópolis com base nos números de sexta-feira (02), divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. Até o fechamento, os dados de ontem (03) ainda não estavam disponíveis. Entre os dias 4 de março e a última sexta-feira, foram 3.856 novos casos.
O número de mortes chegou a 700 nesta semana. Ao todo, são 65 localidades que perderam habitantes devido a covid-19. Em toda a cidade, foram 140 novas confirmações de óbitos desde o dia 4 de março, uma média de quase cinco vidas perdidas por dia.
O Diário procurou a Prefeitura com questionamentos sobre as ações de enfrentamento à covid-19, como fiscalizações nos bairros. Além disso, também foi questionado como os dados da divisão por localidade são utilizados e quais medidas são tomadas em relação aos bairros com mais de mil casos, mas, até o fechamento, o município não respondeu.
Primeiras localidades com confirmações
O Diário realiza este levantamento semanalmente, mostrando o avanço da doença nas diferentes regiões da cidade. Para isso, um banco de dados é atualizado conforme as informações do Painel Epidemiológico da SMS. A primeira informação do número de casos data de 31 de março de 2020, quando a cidade tinha 12 confirmações da doença.
Naquela data, o Centro tinha quatro confirmações. Já Itaipava, Quitandinha e São Sebastião possuíam duas. Araras e Valparaíso confirmavam um infectado. Foram os primeiros bairros da cidade a registrarem casos de covid-19
Um ano depois, o Centro chegou a 2.164 na sexta-feira (02). Em Itaipava, o número chegou a 1.340, no Quitandinha a 1.461 e São Sebastião a 500. Araras tem 521 casos e o Valparaíso terminou com 560.
De todos os 74 bairros com registros da doença, apenas cinco não possuem mais de 10 confirmações. São elas: Brejal (9), que entrou no banco de dados em 3 de julho; Rocio (5), incluído em 22 de maio; Campo do Serrano (4), colocado em 28 de janeiro; Calembe (4), datado de 18 de fevereiro e Amazonas (2), colocado em 3 de dezembro.
Primeiros óbitos
Já os óbitos, na base de dados, começam a ser contados no dia 15 de maio. Naquela data, a cidade confirmava 23 óbitos e o Diário conseguiu dados de sete bairros, que somavam 16 dessas mortes. Eram eles: Araras (2), Bingen (1), Cascatinha (1), Centro (7), Corrêas (3), Itaipava (1) e Mosela (1).
Um ano depois, essas primeiras sete localidades a sentirem a dor de perder alguém para a covid-19 chegaram aos seguintes números: Araras, com 12; Bingen, com 20; Cascatinha, com 25; Centro, com 67; Corrêas, com 54; Itaipava, com 32 e Mosela, com 25.
Último mês
O Diário também fez a comparação entre os números registrados no dia 4 de março e 2 de abril. Em 29 dias, o maior aumento percentual de casos foi registrado em Pedro do Rio, de 24,2%. Por lá, os números subiram de 571 para 709. A média diária de confirmações foi de quase cinco por dia. As mortes ficaram em 16, sendo que eram 12 na primeira quinta-feira do mês passado.
Em números absolutos, o Centro lidera, com 352 novos casos em um mês, uma média de mais de 12 por dia. Por lá, os casos subiram 19,4%, de 1.812 para 2.164. Já o número de óbitos confirmados, foi de 54 para 67.
10 bairros com maiores registros de casos em 02/04
1 - Centro: |
2.164 |
2 - Corrêas: |
1.813 |
3 - Quitandinha: |
1.461 |
4 - Itaipava: |
1.340 |
5 - Mosela: |
1.130 |
6 - Alto da Serra: |
1.066 |
7 - Bingen: |
812 |
8 - Retiro: |
752 |
9 - Cascatinha: |
725 |
10 - Pedro do Rio: |
709 |
10 bairros com maiores registros de óbitos em 02/04
1 - Centro: |
67 |
2 - Corrêas: |
54 |
3 - Alto da Serra: |
42 |
4 - Quitandinha: |
40 |
5 - Itaipava: |
32 |
6 - Cascatinha: |
25 |
7 - Castelanea: |
25 |
8 - Mosela: |
25 |
9 - Nogueira: |
21 |
10 - Bingen: |
20 |
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