O Dia Mundial de Luta contra a Raiva reforça importância da imunização de cães e gatos
Emanuelle Loli - estagiária
De acordo com a Secretaria de Saúde, em 2025 foram vacinados 12.278 cães e 4.463 gatos contra a raiva. Uma das principais formas de contágio da doença é através de mordidas dos animais. Por mais que os números de casos em todo o Brasil sejam pequenos, a continuidade da vacinação é muito importante para que as taxas permaneçam dessa forma.
Neste domingo (28/09) é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Raiva. A data foi escolhida em homenagem a Louis Pasteur, que produziu a primeira vacina contra a raiva. A data é promovida pela Aliança Global para o Controle da Raiva, com o fim de criar consciência sobre as consequências da raiva humana e animal, e explicar a maneira de preveni-la.
“A vacinação regular de cães e gatos é uma responsabilidade de todos e protege não apenas os animais, mas também toda a população. Nossa prioridade é fortalecer as ações de imunização em todo o município para vacinar o maior número de animais possível”, comentou o secretário de Saúde Luís Cruzick.
Segundo a Secretaria de Saúde, a próxima etapa de vacinação contra a doença está prevista para acontecer no mês de outubro nas regiões do Quitandinha, Independência, Coronel Veiga, Castelânea, Siméria, Comunidade Oswaldo cruz, Duchas, São Sebastião, Sargento Boening, Chácara Flora, Vila Felipe e Meio da Serra.
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda (inflamações cerebrais que pioram ao longo do tempo) e é fatal em quase 100% dos casos.
A transmissão da doença para o homem acontece pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordida, podendo ser transmitida também por arranhões ou lambidas.
De acordo com o Ministério da Saúde, a série histórica de 1999 a 2024, o Brasil reduziu os casos de raiva em cães e gatos de 1.200 para apenas 8 registros em 2024. Esse resultado está diretamente ligado à criação do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR), em 1973, que implantou a vacinação antirrábica canina e felina em todo o território nacional. Essa iniciativa é considerada uma das principais ferramentas para a diminuição da doença e para o controle da raiva urbana no país.
No caso da doença em humanos, entre 2010 e 2025, foram registrados 50 casos. Desses, nove foram causados por mordidas de cães, 22 por morcegos, sete por primatas não humanos, dois por raposas, cinco por felinos, e um por bovino. Em quatro casos, não foi possível identificar o animal que provocou a agressão. Na história dos casos de raiva humana no Brasil, apenas dois pacientes sobreviveram.
Em casos de agressão por animais, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. De acordo com o Ministério da Saúde, o ferimento deve ser lavado abundantemente com água e sabão e, na primeira consulta, pode-se aplicar antisséptico (povidine, clorexidina ou álcool-iodado). Após isso, é recomendado ir ao hospital, onde serão orientados os cuidados pelo profissional de saúde. Se o agressor for cão ou gato, deve-se observá-lo por 10 dias; caso adoeça, desapareça ou morra, o serviço de saúde deve ser informado.
Sintomas da doença
De acordo com o Ministério da Saúde, após o período de incubação do vírus nos humanos (sendo em média de 45 dias, mas pode ser menor em crianças), começam a aparecer os sinais e sintomas iniciais da raiva, conhecidos como pródromos, que duram em média de 2 a 10 dias. Nesse período, o paciente apresenta:
Podem surgir aumento dos linfonodos, sensibilidade exagerada ao toque ou a estímulos e sensação de formigamento ou dormência ao longo dos nervos periféricos próximos ao local da mordedura, além de possíveis alterações de comportamento.
Prevenção
Além da vacinação de animais uma medida de prevenção que é indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da raiva, como , como médicos veterinários, biólogos, profissionais de laboratório, estudantes de áreas afins, além de trabalhadores que lidam com captura, manejo, vacinação e pesquisa de animais domésticos, de produção ou silvestres, é a profilaxia pré-exposição .
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