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quarta-feira, 24 de abril de 2024


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Veia de Mandacaru, de Petrópolis para a Bahia

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Depois do sucesso no lançamento em Petrópolis, o livro Veia de Mandacaru, de Ivone Alves Sol, será lançado na Bienal do Livro em Salvador. Sol, que é baiana e divide moradia entre Petrópolis e Lauro de Freitas, cidade vizinha à capital baiana, aguardou o maior evento literário do estado e um dos maiores do país para apresentar a sua mais recente obra à sua terra natal. Veia de Mandacaru é seu terceiro livro de poesia e está
dividido em quatro partes: Meus sertões, Tempos marcados, Arte para dizer coisas e Engajamento. O regionalismo e a resistência; a passagem do tempo e o que passamos; a vida e o viver sob o sentir artístico; posicionamento e cidadania. A poesia como ferramenta de enlevação, reflexão e transformação. A sessão de autógrafos será no dia 28 de abril, a partir das 13:30h, no Centro de Convenções, no stand do Studio Palma.

O lançamento em Petrópolis foi fantástico. Foram duas noites seguidas, além de uma tarde de autógrafos numa livraria. Eu estou muito feliz com o alcance de Veia de Mandacaru, tanto na abrangência de público como no retorno positivo que venho recebendo dos mais diversos leitores. Este livro realmente é especial. É provocativo, mas também é sonoro, envolvente... Bem, eu estou gostando do que ouço e leio dos meus leitores. Estou ansiosa pelo lançamento na em Salvador, afirma Sol.

Nesta edição de Veia de Mandacaru, Sol optou por uma produção independente. Ela contou com a luxuosa participação do multiartista Betto Pereira na ilustração da capa, o projeto gráfico e diagramação de Marta Lage. O professor, escritor e seu confrade na APL, Ataualpa Filho, que juntamente com Marta foi um grande colaborador para a edição do livro, assina a revisão e o prefácio. O texto da orelha é da atriz e apresentadora Nivia Helen, radicado em Chicago nos Estados Unidos. A impressão foi feita pela Editora Vozes. As noites festivas contaram com o show musical Claves de Sol, um repertório com poemas de Sol musicados pelos artistas Marco Aurêh, que também assina a direção musical, Betto Pereira, Thiago Alves, Tuninho Rosamalta, e a participação do ator e cantor José Araújo. Na sequência um recital de poesia com artistas e poetas que fazem
parte da trajetória dos 10 anos de seu Sarau Noite enSOLarada: Christiane Michelin e Ataualpa Filho (poetas da Academia Petropolitana de Letras), Regina Guimarães, Andressa Hazboun, Monica Campos e Marco Aurêh (atrizes/ator de Petrópolis), Nivia Helen (atriz do Rio de Janeiro, residente nos Estados Unidos) e da atriz global Maria Ceiça, atualmente na Elas por elas, na Rede Globo.

Ivone Alves (Sol) (Maria Ivone de Santana Alves Dantas Braga Tosta) é baiana, alterna residência entre Petrópolis/RJ e Lauro de Freitas/BA. É professora, escritora, produtora cultural, apresentadora de televisão e promotora de eventos. É membro titular e ex-diretora da APL - Academia Petropolitana de Letras e membro da Academia de Cultura da Bahia. É autora dos livros SOLvendo Sentidos, Versos de Mim, Veia de Mandacaru,
e coautora de diversos livros de poesia, contos e crônicas. É autora e realizadora do Sarau Noite enSOLarada, já no décimo ano, com apresentações na Casa de Cultura Cocco Barçante e na APL, e criadora, produtora e apresentadora do programa de televisão Um Programa & Tal, na TV Petrópolis. Por sua atuação cultural na cidade, recebeu o prêmio Personalidades Petropolitanas, como a Personalidade Feminina da Cultura do ano de 2014; em 2016 recebeu o honroso título de Cidadania Petropolitana, concedido pelo Legislativo Municipal; em 2017, a Academia Petropolitana de Letras lhe concedeu o Prêmio Alcindo Roberto Gomes de Jornalismo; e em 2019 seu programa de TV Um Programa & Tal ganhou o Prêmio Maestro Guerra Peixe de Cultura, o maior prêmio do interior do estado do Rio de Janeiro. Sol, como gosta de ser chamada, é casada com o engenheiro e escritor petropolitano Almir Tosta, também membro da Academia Petropolitana de Letras e seu grande parceiro.

Palavras de mestres sobre o livro:

Sol, caríssima:
Acabo de chegar ao ponto final do seu novo livro, "Veia de Mandacaru". Li-o devagar fruindo os cheiros de terra, mato e sertão que dele saem, verso a verso. Fruindo suas nostalgias e indignações. Bom ver que o sertão não foi exaurido pelos gigantes que o cavocaram, de Guimarães Rosa a Afonso Arinos. Sucesso, amiga. (Antônio Torres)

Ao longo dos séculos, muitos foram os poetas, teóricos e intelectuais que tentaram cada um à sua maneira definir o que é poesia. Em alguns momentos da nossa História, houve mesmo uma disputa neste sentido, pois todos queriam ter a chave interpretativa da poesia. Pessoalmente, gosto muito da definição dada pelo escritor inglês William Wordsworth, para quem poesia é a emoção recolhida na tranquilidade.
Gosto de pensar a criação poética assim: emoção que se transforma em versos produzidos na tranquilidade do momento da criação. Neste seu terceiro livro de Poesia, seguimos e acompanhamos o seu mister
poético, já praticado há muitos anos e compartilhado com todos nós: amigos, familiares, confrades, confreiras e o seu público geral. Sinto, neste seu livro Vaia de Mandacaru, uma espécie de declaração de amor ao Nordeste brasileiro, região tão espetacular,marcada pelo trabalho, pela aridez do Sertão, pelas belezas do litoral, pela alegria de sua culinária, mas especialmente pela grandeza do seu povo. Lembro aqui de Euclides da
Cunha, em seu livro Os Sertões, no qual mais de uma vez proclamou através do seu narrador: o sertanejo é forte. Sim, não apenas o habitante do sertão é forte, mas isso é próprio de todos nós brasileiros: somos fortes, bem como é forte esse seu novo livro. Dentre tantos poemas e versos de Veia de Mandacaru, me tocou especialmente este fragmento, que me parece resumir um pouco de todo o seu livro, cito:
A gente acorda cedo / Para beber esperança / Ainda orvalhada / Bebe, como se fosse uma pinga / E vai para labuta / Com um gosto bom. Sim, para se viver no Brasil, a gente precisa beber esperança todos os dias,
esteja ela orvalhada ou mesmo seca, pois mesmo aparentemente sem vida, a esperança sempre insiste em viver e sobreviver, pois esta é a própria metáfora do ser brasileiro: ter esperança e, com ela, resistir e resistir.
Que o seu livro Veia de Mandacaru abra e se embeleze como a própria flor do Mandacaru, cujas pétalas brancas brotam da secura espinhenta desta planta do nosso sertão nordestino. Que a pétalas brancas de Mandacaru possam cair e se espalhar sobre cada um que leia seu livro e se encante com a sua poesia. Que cada pétala branca de Mandacaru seja o prenúncio de um novo tempo para o nosso país e para a nossa literatura. Com carinho do LEANDRO GARCIA - Presidente da APL

Uma síntese do jornalista Tiago Straub
Veia de Mandacaru" marca o terceiro livro individual de Ivone Alves Sol e se destaca por sua estrutura dividida em quatro partes igualmente inspiradoras. Cada seção do livro apresenta um mergulho profundo em temas que tocam a essência da vida, da cultura e da arte. O regionalismo e a resistência são explorados em "Meus sertões", enquanto "Tempos marcados" reflete sobre a passagem do tempo e as marcas que deixamos ao
longo da jornada. A terceira parte, intitulada "Arte para dizer coisas", é um convite à reflexão sobre a vida sob a lente artística. Ivone Alves Sol usa a poesia como uma ferramenta poderosa para elevar o espírito, inspirar pensamentos profundos e, em última análise, promover transformações. A última seção, "Engajamento", destaca o posicionamento e a cidadania como pilares fundamentais da existência, enfatizando a importância de cada indivíduo na construção de uma sociedade mais justa.

"Veia de Mandacaru" é mais do que um livro; é uma jornada literária que convida os leitores a explorar as complexidades da vida, da cultura e do engajamento social Ivone Alves Sol, com sua habilidade excepcional de explorar as palavras e criar poesia enriquecedora, demonstra mais uma vez porque é uma das vozes literárias mais importantes de nossa geração.

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