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Violações de direitos humanos crescem 32% em Petrópolis

Dados do Observatório Nacional dos Direitos Humanos mostram mais de 7,7 mil casos relatados na cidade

Foto: Freepik
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Rômulo Barroso - especial para o Diário

O Observatório Nacional de Direitos Humanos (ONDH) registrou 7.717 relatos de violações em Petrópolis neste ano. O número representa um aumento de 32,1% em comparação com 2023 - no ano passado, até 12 de outubro, eram 5.840 relatos.

Os casos deste ano foram registrados em 1.124 denúncias - cabe ressaltar que uma denúncia pode conter vários relatos de violações. A quantidade também é maior do que no mesmo período de 2023, quando houve 931 denúncias (crescimento de 20,7%).

Essas denúncias são feitas através do Disque 100, que recebe, analisa e encaminha os relatos para os órgãos competentes atuarem na proteção da vítima e na identificação e responsabilização dos acusados. Neste ano, com exceção de setembro, todos os meses tiveram mais de 100 denúncias feitas; o mês de julho foi o que teve maior quantidade de violações relatadas:

- Janeiro: 119 denúncias / 738 violações
- Fevereiro: 105 denúncias / 704 violações
- Março: 104 denúncias / 595 violações
- Abril: 113 denúncias / 763 violações
- Maio: 166 denúncias / 853 violações
- Junho: 128 denúncias / 794 violações
- Julho: 140 denúncias / 1.110 violações
- Agosto: 105 denúncias / 844 violações
- Setembro: 92 denúncias / 623 violações
- Outubro (até dia 12): 52 denúncias / 693 violações

Crianças/adolescentes e idosos são as maiores vítimas

Os dados do do ONDH apontam que os grupos mais vulneráveis em Petrópolis são crianças e adolescentes e os idosos. Neste ano, já foram feitas 371 denúncias, com 2.198 relatos de violações de direitos humanos de menores de 18 anos de idade; quando as vítimas tem mais de 65 anos, são 372 denúncias e 2.049 relatos de violações.

Depois, aparecem as mulheres (284 denúncias e 1.722 violações), pessoas com deficiência (186 denúncias e 1.226 violações), cidadão, família e comunidade (97 denúncias e 465 violações), pessoas em sitação de rua (oito denúncias e 33 violações) e população LGBTQIA+ (quatro denúncias e 24 denúncias).

Não por acaso, a grande maioria dos casos ocorreram na casa onde reside vítima e suspeito (3.138 violações) e na casa da vítima (3.098 violações).
Já sobre frequência, a maior quantidade de relatos são de casos que ocorrem há mais de um ano (2.021 violações), e em seguida aparecem os casos que começaram há um mês (1.538 violações).

Mais de 90% das violações são contra integridade das vítimas

O Observatório mostra que, das 7.717 violações relatadas em Petrópolis neste ano, 6.983 (ou seja, 90,4%) foram contra a integridade das vítimas: 3.243 contra a integridade psíquica (tortura psíquica, constrangimentos, ameaça ou coação, insubsistência afetiva, exposição, injúria, difamação, calúnia, assédio moral, alienação parental, erotização ou bullying) e 2.635 contra a integridade física (exposição de risco à saúde, maus tratos, agressão ou vias de fato, abandono, lesão corporal, insubsistência material, insubsistência intelectual, tortura física, situação de rua ou abandono material e outros).

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