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Bruna Nazareth - especial para o Diário
O termo "workaholic" pode não ser familiar para todos, mas está cada vez mais presente no mundo corporativo atual, podendo ser mais comum do que imaginamos. Essas pessoas possuem um comportamento obsessivo em relação ao trabalho, porém, mesmo dedicando-se excessivamente, muitas vezes não se sentem realizadas. Tendem a ter dificuldades em aceitar críticas e acabam sacrificando outros aspectos da vida, como relacionamentos pessoais, saúde mental e lazer, em prol da carreira ou emprego.
"Workaholic" é uma palavra de origem inglesa, resultado da fusão de "work" (trabalho) e "alcoholic" (alcoólatra).
Workahollic é uma pessoa que trabalha compulsivamente. Quando isso acontece, precisamos entender o que realmente está por trás disso. Pode ser o medo de perder espaço e a necessidade de mostrar trabalho. Acontece que quem tem medo de perder, perde. Se não for porque já ia perder, pode colocar a perder . Às vezes o medo é tanto, que acabamos dando um tiro no pé. Afinal quem consegue ter uma vida saudável com mania de perfeição ou com medo de perder?, ressalta a psicóloga Roseana Ribeiro.
Buscar destaque e sucesso na carreira é saudável, mas há uma diferença entre ser dedicado ao trabalho e se tornar um workaholic. Essa tendência pode ser influenciada por diversos fatores, como pressões externas, a busca incessante por sucesso ou reconhecimento, ou mesmo um desejo compulsivo por perfeição e controle. São indivíduos que, mesmo nos fins de semana, mantêm-se constantemente conectados ao celular, verificando mensagens a cada hora em busca de pendências a resolver. Mesmo quando não é estritamente necessário, dedicam longas horas ao trabalho e frequentemente enfrentam dificuldades para desconectar-se desse ambiente e relaxar.
Divido a vida em cinco setores: pessoal , familiar, laborativo, social e afetivo. Raramente estão todos no mesmo patamar. Normalmente quando o trabalho está num grau alto, ou a vida social ou afetiva perde a intensidade, ou quando a família e a vida pessoal estão muito cuidadas, descuidamos um pouco do trabalho e assim por diante. No caso do workaholic, o trabalho dispara em intensidade e as outras áreas entram em falência, complementa a psicóloga.
A psicóloga Ribeiro ressalta a importância de observar como encaramos o trabalho:
Normalmente as pessoas veem o trabalho como uma necessidade, uma necessidade prazerosa ou como um prazer. Mas, quando o trabalho vira alívio do desprazer, é importante ficar de olho, frisa a psicóloga Ribeiro.
É essencial estar atento a sinais de possíveis comportamentos de workaholism, tais como:
- Obsessivo e competitivo.
- Dá muito mais valor à remuneração do que ao prazer.
- Se sente culpado nos momentos de folga.
- O trabalho é um fardo pesado e vive estressado.
- Não valoriza as próprias conquistas porque as considera obrigação.
- Tem o trabalho como esconderijo para fugir da própria vida.
Diante desses comportamentos, buscar ajuda psicológica é fundamental para um tratamento adequado, visando a melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.
*Com informações do G1
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